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Anel inteligente da Vivo poderá se ajustar automaticamente para leituras mais precisas

A Vivo registrou uma patente de anel inteligente com ajuste automático via motor interno, que promete melhorar significativamente a precisão dos dados de saúde.

O mercado de anéis inteligentes ainda está engatinhando, com poucas marcas se destacando nesse segmento de dispositivos vestíveis. A Oura foi pioneira nesse nicho, e recentemente a Samsung começou a apostar nessa tendência com o Galaxy Ring. Agora, a Vivo pode estar pronta para entrar no jogo com uma proposta ousada e diferenciada.

Vivo aposta em anel inteligente com sensor ajustável para maior precisão

Uma patente recém-divulgada revela que a Vivo está desenvolvendo um anel inteligente equipado com um sistema inédito: uma estrutura interna capaz de se mover automaticamente em busca da melhor posição no dedo para registrar dados biométricos. Essa abordagem pode ser a chave para resolver um dos principais desafios enfrentados pelos smart rings atuais — a inconsistência na coleta de dados.

Um sistema de ajuste dinâmico no dedo

De acordo com o documento de patente, o anel da Vivo conta com duas camadas: um anel externo fixo e um anel interno motorizado. Esse componente interno é capaz de girar ao redor do dedo do usuário, impulsionado por um sistema de acionamento magnético de bobinas. Com isso, o dispositivo consegue reposicionar seus sensores com base na qualidade do sinal recebido, buscando o alinhamento ideal com as artérias do dedo.

Esse ajuste automático representa um salto em precisão para sensores ópticos como emissores de luz e fotodiodos, que monitoram indicadores como frequência cardíaca e níveis de oxigênio no sangue. Diferentemente dos modelos atuais, que exigem que o usuário ajuste o anel manualmente ou aceitem medições inconsistentes, a solução da Vivo se adapta sozinha.

Inovação promissora, mas ainda conceitual

Embora o conceito seja inovador, vale lembrar que nem toda patente se transforma em produto. Muitas empresas registram ideias apenas para proteger sua propriedade intelectual, sem planos imediatos de colocá-las em produção. Ainda assim, a proposta da Vivo é promissora e pode trazer um diferencial competitivo relevante caso avance para as prateleiras.

O Galaxy Ring 2, da Samsung, também pode seguir por um caminho semelhante. Patentes recentes da marca sugerem um sistema de redimensionamento que visa melhorar o conforto e a coleta de dados. Se confirmado, tanto o modelo da Vivo quanto o da Samsung podem representar uma nova geração de anéis inteligentes com recursos adaptativos e maior precisão.

O futuro dos anéis inteligentes

Atualmente, os smart rings funcionam essencialmente como rastreadores de saúde em miniatura. Sua principal limitação tem sido a precisão dos sensores, muitas vezes comprometida pelo posicionamento fixo do dispositivo. A capacidade de autoajuste pode ser a virada de chave para consolidar essa tecnologia como uma alternativa real aos smartwatches.

Com o interesse crescente em dispositivos menores e menos intrusivos, é possível que vejamos uma nova corrida tecnológica no setor de anéis inteligentes. Se empresas como a Vivo e a Samsung conseguirem superar os obstáculos técnicos, os wearables em forma de anel poderão conquistar um espaço muito maior no cotidiano dos usuários.

Por Jardeson Márcio

Jardeson é Mestre em Tecnologia Agroalimentar e Licenciado em Ciências Agrária pela Universidade Federal da Paraíba. Entusiasta no mundo tecnológico, gosta de arquitetura e design gráfico. Economia, tecnologia e atualidade são focos de suas leituras diárias.
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