Mark Zuckerberg, co-fundador e CEO do Facebook, esteve perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara em Washington. E quando se trata de grandes empresas de tecnologia, sempre é um momento muito tenso e regado por inúmeras interrupções.
Segundo o site TheVerge, as audiência nunca são satisfatórias, e os membros não conseguem fazer a lição de casa. Geralmente, os membros interrompem as testemunhas antes mesmo que possam responder.
E assim, uma audiência improdutiva começa. E assim, para evitar gerar mais notícias sobre a questão a ser debatida, os executivos de tecnologia tentam não falar demais. E assim, quando é solicitado que algo escrito seja feito, eles sempre deixam para fazer isso depois alegando ignorância transferindo a responsabilidade para sua equipe.
A audiência tida como frustrante, foi sobre o lançamento da criptomoeda Libra, e quando Mark chegou, o congresso parecia fuzilar com os olhos o Facebook. Isso já era notável, segundo a imprensa presente no local, havia uma impaciência tomando conta do congresso antes mesmo do executivo chegar.
A situação esquentou logo no começo, quando a deputada republicana Ann Wagner tocou na ferida do Facebook em torno da exploração infantil online, onde a rede social não consegue interromper o crime mesmo tendo prometido.
Seguindo, o deputado William Lacy Clay, abordou Mark em torno das políticas de publicidade, que segundo o deputado, descriminam diversa comunidades nas mídias sociais. E para ser a cereja do bolo, o deputado Gregory Meeks entrou com um ato censura Zuckerberg dizendo que o Facebook é um acelerador de muitas lutas políticas consideradas destrutivas em todo o mundo.
O Facebook foi encontrado sistemicamente na cena do crime. Você acha que isso foi apenas uma coincidência?-Disse o deputado Gregory Meeks a Mark Zuckerberg!
Mas, diante de tanta pressão e pouco espaço para falar continuamente sem interrupção, o executivo se saiu bem em alguns momentos. Mas, com muito esforço diante de tanto bombardeio, o Facebook conseguiu chegar ao centro do tema, que foi a liberação da nova moeda.
O site The Information destacou o seguinte:
A audiência de aproximadamente seis horas levou o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara a questionar Mark (Facebook) sobre como a Libra será financiada, que tipos de regulamentos devem ser aplicados a Libra, como o Facebook planeja ganhar dinheiro com a Libra e como políticas como reembolso fraudulento as transações funcionarão. […]
O que Zuckerberg deixou claro é que o Facebook não lançará o Libra sem a devida aprovação regulatória nos EUA e que o Facebook se retirará da Libra Association se o grupo finalmente decidir avançar por conta própria sem a aprovação dos reguladores dos EUA. Mas o testemunho de Zuckerberg não falou nada sobre as leis específicas que o Facebook acredita que deveriam governar a Libra.
A audiência não foi muito produtiva segundo vários outros sites espalhados pelo mundo e que estavam cobrindo o testemunho de Mark que parecia mais uma sabatina. O Facebook não conseguiu demonstrar o quanto a Libra pode ser relevante para o mundo.
Agora, a criptomoeda do Facebook não deve ter momentos fáceis, isso porque o seu lançamento é regado por contratempos de alta relevância, inclusive a saída de alguns importantes apoiadores do projeto.
Analisando a posição política dos deputados, deu a entende que o Congresso esta preocupado em relação ao caos que a Libra poderia causar, segundo os jornais, há um risco dela causa um gigante estrago financeiro de nível global. Ainda segundo a mídia que cobriu o momento tenso, se os políticos pudessem votar pelo fim da Libra durante a audiência, eles teriam feito com toda certeza.
Agora, a Libra segue com muitas incerteza em torno da opinião do comitê, e o resultado disso ninguém sabe. A única certeza, é que vai ser muito difícil e completo a adoção pública e política a Libra. Agora, só resta esperar o resultado deste “confronto” político, social e financeiro.