O vazamento de dados de 100 milhões de brasileiros divulgado nesta semana terá uma investigação séria por parte da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Desta vez, ao contrário do vazamento anterior, as vítimas são clientes das operadoras de telefonia Claro e Vivo. Informações como endereço, nome completo e CPF estavam à venda na Deep Web. A descoberta foi da empresa de segurança Psafe e a divulgação foi no site NeoFeed.
A ANPD informa que investigará e auxiliará na apuração e na adoção de medidas para reduzir os efeitos do mais novo vazamento de dados. O órgão é responsável por fiscalizar e editar normas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A entidade também zela pela proteção de dados pessoais e dos segredos comerciais e industriais no Brasil.
Em nota, a ANPD disse que acionou a empresa que noticiou o fato, as companhias envolvidas, além de outros órgãos como, por exemplo, a Polícia Federal.
Autoridade Nacional de Proteção de Dados vai investigar novo vazamento de dados de brasileiros
A ANPD está tomando todas as providências cabíveis. A autoridade oficiou outros órgãos, como a Polícia Federal, a empresa que noticiou o fato e as empresas envolvidas, para investigar e auxiliar na apuração e na adoção de medidas de contenção e de mitigação de riscos relacionados aos dados pessoais dos possíveis afetados, diz um trecho da nota.
Segundo a PSafe, empresa especializada em cibersegurança, quase 103 milhões de contas de celulares foram vazadas em fevereiro, incluindo a do presidente Jair Bolsonaro e de outras autoridades e políticos. Ali estão informações sensíveis, como tempo de duração das ligações, número de celular, dados pessoais e muito mais.
A PSafe acredita que os dados seriam das duas operadoras de telefonia. No entanto, a companhia ainda não conseguiu confirmar. Entre as informações divulgadas estão dados como CPF, número de celular, tipo de conta telefônica e minutos gastos em ligação.
Mais detalhes da nota oficial da ANPD você confere aqui.