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Cibercriminosos por trás do malware CatDDoS exploraram mais de 80 falhas de segurança em vários softwares

Os cibercriminosos por trás do botnet de malware CatDDoS exploraram mais de 80 falhas de segurança conhecidas em vários softwares. A exploração acnteceu nos últimos três meses para que eles pudessem se infiltrar em dispositivos vulneráveis e cooptá-los em um botnet para conduzir ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS).

Malware CatDDoS exploraram mais de 80 falhas de segurança

De acordo com a equipe do QiAnXin XLab (Via: Bleeping Computer), amostras de gangues relacionadas ao CatDDoS usaram um grande número de vulnerabilidades conhecidas para entregar amostras. “Além disso, observou-se que o número máximo de alvos ultrapassa mais de 300 por dia.”

As falhas afetam roteadores, equipamentos de rede e outros dispositivos de fornecedores como Apache (ActiveMQ, Hadoop, Log4j e RocketMQ), Cacti, Cisco, D-Link, DrayTek, FreePBX, GitLab, Gocloud, Huawei, Jenkins, Linksys, Metabase, NETGEAR, Realtek, Seagate, SonicWall, Tenda, TOTOLINK, TP-Link, ZTE e Zyxel, entre outros.

CatDDoS foi documentado anteriormente por QiAnXin e NSFOCUS no final de 2023, descrevendo-o como uma variante do botnet Mirai capaz de realizar ataques DDoS usando UDP, TCP e outros métodos. Surgido pela primeira vez em agosto de 2023, o malware recebe esse nome devido a referências relacionadas a gatos em strings como “catddos.pirate” e “password_meow” para domínios de comando e controle (C2).

Os alvos

A maioria dos alvos de ataque do malware está localizada na China, seguida pelos EUA, Japão, Cingapura, França, Canadá, Reino Unido, Bulgária, Alemanha, Holanda e Índia, de acordo com informações compartilhadas pela NSFOCUS em outubro de 2023. Além de usar o algoritmo ChaCha20 para criptografar as comunicações com o servidor C2, ele faz uso de um domínio OpenNIC para C2 na tentativa de evitar a detecção, técnica anteriormente adotada por outro botnet DDoS baseado em Mirai chamado Fodcha.

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Em uma reviravolta interessante, CatDDoS também compartilha o mesmo par chave/nonce para o algoritmo ChaCha20 que três outras botnets DDoS chamadas hailBot, VapeBot e Woodman. De acordo com oXLab, os ataques se concentram principalmente em países como EUA, França, Alemanha, Brasil e China, abrangendo provedores de serviços em nuvem, educação, pesquisa científica, transmissão de informações, administração pública, construção e outras indústrias.

Suspeita-se que os autores originais do malware encerraram suas operações em dezembro de 2023, mas não antes de colocar o código-fonte à venda em um grupo dedicado do Telegram.

Pesquisadores demonstram DNSBomb#

A divulgação ocorre no momento em que surgem detalhes sobre uma técnica de ataque de negação de serviço (PDoS) “pulsante” prática e potente chamada DNSBomb (CVE-2024-33655) que, como o nome indica, explora as consultas do Sistema de Nomes de Domínio (DNS) e respostas para atingir um fator de amplificação de 20.000x.

O ataque, em sua essência, capitaliza recursos legítimos do DNS, como limites de taxa de consulta, tempos limite de resposta de consulta, agregação de consulta e configurações de tamanho máximo de resposta para criar inundações cronometradas de respostas usando uma autoridade projetada maliciosamente e um resolvedor recursivo vulnerável.

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As descobertas foram apresentadas no 45º Simpósio IEEE sobre Segurança e Privacidade, realizado em São Francisco na semana passada, e anteriormente no evento GEEKCON 2023, que ocorreu em Xangai em outubro de 2023.

Por Jardeson Márcio

Jardeson é Mestre em Tecnologia Agroalimentar e Licenciado em Ciências Agrária pela Universidade Federal da Paraíba. Entusiasta no mundo tecnológico, gosta de arquitetura e design gráfico. Economia, tecnologia e atualidade são focos de suas leituras diárias.
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