O Projeto Maui compartilhou o trabalho que é realizado em cima de um novo shell convergente do Linux. A ideia é que o Projeto Maui funcione tanto em dispositivos móveis quanto em desktops regulares. Ele realmente provoca a imaginação dos usuários. Não que isso não tenha sido tentado anteriormente. O Ubuntu já tentou fazer a mesma coisa com o Unity 8, porém, falhou nessa empreitada e resolveu abandonar o projeto.
A grande promessa do Maui parte deste ponto, ou seja, tentar criar um shell Linux convergente que é realmente realizado em código real, utilizável e funcional. No entanto, isso ainda é possível após a tentativa frustada anterior da gigante Canonical?
Além disso, não faltam outros projetos por aí com a mesma proposta. É o caso do KDE Plasma (com Plasma Mobile) e GNOME (com Phosh). Esses dois ambientes já estão fazendo grandes incursões nesta área, então há bastante conhecimento que Maui Shell, que também está enraizado em tecnologias KDE, pode tirar vantagem.
Conheça o projeto Maui que promete convergência entre smatphones e desktops com Linux
Quem conhece o KDE, aposto já deve, provavelmente, ter experimentado um ou dois aplicativos Maui. O Índice, seu gerenciador de arquivos adaptável, é um destaque à parte. Ele mostra que pode ser usado independentemente tanto em um telefone KDE quanto em uma área de trabalho desse mesmo KDE.
O projeto vai muito além de aplicativos convergentes com design inteligente e bem caracterizados. Esta é apenas uma parte da equação de computação. Para amarrar a experiência perfeitamente, eles desejam criar um marco que unifique tudo, daí a introdução do Maui Shell.
Visão de Maui Shell
Maui Shell é composto de um contêiner de shell denominado ‘Cask’ e um compositor chamado Zpace. Esses componentes trabalham juntos para adaptar a experiência do usuário ao tamanho da tela e formato em que são executados.
O Cask lida com os principais componentes da IU, como a barra superior, dock e pods de configurações rápidas, enquanto o Zpace assume a tarefa de janelas, espaços de trabalho e animações por meio da API Qt Wayland Compositor.
Quando em uma tela grande com entrada de ponteiro, o shell apresenta uma IU projetada (principalmente) para um mouse e teclado. Os elementos na tela se comportam de acordo, por exemplo, o inicializador do aplicativo é exibido acima do dock na tela e as janelas maximizadas não vão para a tela inteira.
Quando se está em uma tela mais estreita com entrada de toque, tudo se contrai e se adapta para fazer melhor uso do espaço disponível. O iniciador, por exemplo, abre em tela inteira com ícones fáceis de produzir. As janelas maximizadas têm altura e largura total (embora duas possam ser ajustadas lado a lado).
Quando poderemos finalmente usá-lo?
Tempo de fixação da expectativa: Maui Shell é um trabalho em andamento. Não foi concluído ou está perto de ser concluído. As primeiras compilações (funcionais) já estão disponíveis e o código-fonte está disponível no Github. No entanto, neste estágio, muitos recursos que você pode esperar (por exemplo, gerenciador de sessão, configurações) estão ausentes, enquanto outros (por exemplo, dock, espaços de trabalho visuais) estão em estados formativos aproximados.
Já é possível testar o Maui Shell na versão mais recente do Nitrux OS, embora como uma sessão separada (onde se aplicam ressalvas). Uma versão alfa formal está planejada para março de 2022, uma versão beta em junho de 2022 e a primeira versão estável em setembro de 2022.
Via OMGUbuntu