Cooperar com a Rússia pode custar caro para a Huawei

Desde o início do ataque russo à Ucrânia, a chinesa Huawei participa ativamente do apoio tecnológico do país. No entanto, agora que a Rússia está enfrentando restrições muito mais duras da chamada “comunidade internacional”, o risco de a Huawei cair em mais restrições impostas pelos EUA é muito grande.

Segundo o The Financial Times (Via: Gizchina), citando especialistas do setor, se empresas como Nokia e Ericsson decidirem cortar completamente os laços com a Rússia, esta última precisará do apoio da China, em particular de empresas como a Huawei, mais do que nunca.

Huawei pode sofrer ainda mais com sanções dos EUA

Sabe-se que Huawei se tornou um dos primeiros “beneficiários” como resultado das sanções impostas à Rússia após o início da operação na Ucrânia. De acordo com a publicação, citando a MTS, as vendas de smartphones Huawei nas duas primeiras semanas de março cresceram um recorde de 300%; outras marcas chinesas registraram crescimento de vendas a um ritmo de “três dígitos”. Ao mesmo tempo, a empresa começou a implementar ativamente novos projetos de negócios.

Apesar disso, muitos especialistas acreditam que empresas chinesas como Huawei e Xiaomi estão correndo um grande risco ao continuar vendendo smartphones e outros eletrônicos para o país. Ao mesmo tempo, a Huawei ainda tem espaço de manobra nos EUA, ao contrário da ZTE, que na verdade caiu sob uma proibição total.

De acordo com especialistas ocidentais, hoje não há rotas legais de exportação para empresas chinesas. Agora a Huawei está trabalhando duro para se livrar da dependência dos chips americanos. Além disso, está tentando contornar as sanções em seu próprio negócio, tentando obter desempenho comparável de chips menos modernos. No entanto, somente no ano passado, as vendas de bens de consumo da empresa caíram 50% e a receita total caiu 29% ano a ano.