Espiões russos estão tentando grampear cabos submarinos transatlânticos

Espiões russos estão tentando grampear cabos submarinos transatlânticos
Imagem: Reprodução | Security Affairs.

O jornal The Sunday Times informou que espiões russos foram enviados à Irlanda para reunir informações detalhadas sobre os cabos submarinos que conectam a Europa à América do Norte. Assim, as agências de inteligência temem que a Rússia planeje realizar novas operações de espionagem cibernética grampeando os cabos submarinos ou mesmo sabotando-os.

O The Sunday Times relatou:

A Rússia enviou agentes de inteligência à Irlanda para mapear a localização precisa dos cabos de fibra ótica no leito oceânico que conectam a Europa à América. Isso levantou preocupações de que os agentes russos verifiquem os cabos em busca de pontos fracos, com o objetivo de grampeá-los ou até danificá-los no futuro.

A Irlanda é um local estratégico para as comunicações intercontinentais. O país representa o local em que os cabos submarinos que transportam tráfego da internet se conectam à Europa.

Espiões russos estão tentando grampear cabos submarinos transatlânticos
As agências de inteligência temem que a Rússia planeje realizar novas operações de espionagem cibernética grampeando os cabos submarinos ou mesmo sabotando-os. Imagem: Reprodução | Tech Spot.

Espiões russos e os cabos submarinos transatlânticos

As agências de inteligência militar acreditam que os agentes russos foram enviados pelo ramo de inteligência militar das forças armadas russas, o GRU. O mesmo ramo que se suspeita ter matado no ex-oficial de inteligência russo Sergei Skripal.

Especialistas acreditam que a Irlanda é um alvo privilegiado da inteligência russa porque não possui capacidade de contra-inteligência.

Ataques contra cabos submarinos não são novidade. Em 2014, o jornal The Register publicou informações sobre uma base secreta de espiões britânicos localizada em Seeb, na costa norte de Omã, uma posição estratégica que permite ao governo britânico explorar vários cabos submarinos que passam pelo estreito de Ormuz no Golfo Pérsico. Além disso, os documentos revelaram a existência de outras bases de espionagem localizadas em locais secretos identificados com os códigos “TIMPANI”, “GUITAR” e “CLARINET”.

Empresas britânicas de telecomunicações apoiaram a coleta de um grande volume de dados da internet a partir de cabos submarinos. A quantidade total de informações de 2007 a 2012 registrou um aumento de 7.000 vezes. Além disso, o sistema de espionagem monitorava quase 46 bilhões de “eventos” de comunicações privadas todos os dias.

Por fim, os dados coletados pelo cabo submarino incluem: conteúdo de mensagens on-line, sessões de navegação, chamadas VOIP e e-mails.

Fonte: Security Affairs

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