O Facebook, a Partnership on AI, a Microsoft e acadêmicos estão fazendo uma competição pública de conjunto de dados e benchmark de deepfake. Além disso, há bolsas com até $10 milhões e prêmios para estimular a inovação e tornar mais fácil a detecção de conteúdo fake.
Uma competição para estimular detecção de deepfake
O Desafio de Detecção de Deepfake será organizado com o apoio de acadêmicos da Cornell Tech, MIT, Universidade de Oxford, UC Berkeley, Universidade de Albany-SUNY e da Universidade de Maryland, em College Park. Além disso, o desafio também terá um ranking para identificar os melhores sistemas de detecção de deepfake. O conjunto de dados de deepfake serão lançados durante a conferência NeurIPS, que acontece em dezembro em Vancouver, Canadá.
O CTO do Facebook, Mike Schroepfer, disse em um post de blog para anunciar o dia da competição:
Esse é um problema em constante evolução, tal como o spam ou outros desafios adversos. Assim, nossa esperança é que ajudando a indústria e a comunidade da inteligência artificial a se unirem, nós possamos fazer progresso mais rápido. Ainda mais, é importante ter dados que estão disponíveis livremente para a comunidade usar, com claro consentimento dos participantes e poucas restrições de uso. Logo, é por isso que o Facebook está encomendando um conjunto de dados realísticos que usará atores pagos, com o consentimento necessário adquirido, para contribuir com o desafio.
Dessa forma, o Facebook está dando $10 milhões para o desafio e nenhum dado de usuário será incluso, segundo Schroepfer. Além disso, a administração do desafio será fiscalizada por um Comitê de Direção sobre Integridade da IA (Inteligência Artificial) e Mídia recentemente criado na Partnership on AI.
Outros se juntam ao desafio na detecção de deepfakes
Igualmente, autoridades federais do FBI, do Escritório do Diretor da Inteligência Nacional e do Departamento de Segurança Nacional se encontraram no Facebook quarta-feira com líderes do Facebook, do Google, do Twitter e da Microsoft para discutir a eleição de 2020 nos Estados Unidos. Uma reunião similar aconteceu antes da eleição de 2018.
Também na quarta-feira, o Facebook introduziu o desafio fastMRI para estimular melhoras na quantidade de tempo que leva para se conseguir um MRI (Magnetic Resonance Imaging – ressonância magnética). Os resultados do desafio também serão compartilhados na conferência NeurIPS.
Um estudo lançado no começo dessa semana pela Universidade de Nova York concluiu que pessoas preocupadas com intromissões na eleição por atores estrangeiros e domésticos deveriam antes dar atenção ao WhatsApp e ao Instagram. Durante a eleição presidencial de 2016, hackers russos usaram plataformas de redes sociais como Facebook e Twitter para semear discórdia entre o eleitorado, o que acabou elegendo Donald Trump como presidente.
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Fonte: Venture Beat
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