Facebook Watch: o crescimento da plataforma de conteúdo online de Zuckerberg

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O investimento em tecnologias de streaming e na difusão de conteúdo para TV Online vem crescendo no mundo inteiro, inclusive no Brasil.

Canais tradicionais como Globo, ESPN, Premiere também vêm solidificando suas plataformas online. Além das gigantes citadas anteriormente, ainda contam com a concorrência de novos canais que chegam com investimento, como é o caso do DAZN.

Canais tradicionais atualmente disputam o mercado com Amazon, Netflix e Youtube além da expansão do Facebook Watch — criticada por muitos enquanto gera muita interação.

A plataforma da rede social de Mark Zuckerberg anunciou uma parceria para a produção de conteúdo de 11 clubes brasileiros no início de março. A parceria grandiosa conta com Athletico Paranaense, Atlético Mineiro, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco para a produção de conteúdo.

O público alvo é estimado em 54 milhões de fãs e o acordo prevê a produção de algo próximo a 67 horas de conteúdo, em um total de 800 vídeos, com material inédito, bastidores, curiosidades e histórias de grandes ídolos de cada equipe. Tudo a ser disponibilizado nas páginas dos clubes.

Histórico

O Facebook Watch foi lançado nos Estados Unidos em 2017, no intuito de criar uma plataforma de conteúdo televisivo online e serviço VOD (vídeo sob demanda em tradução literal). Inicialmente, uma alternativa ao Youtube.

Em contato com criadores e editores de conteúdo do mundo inteiro, a empresa de Mark Zuckerberg apoia a produção no âmbito da verba e no entendimento e estudo da performance de cada conteúdo veiculado.

De acordo com a empresa, é uma expansão do “senso de comunidade” que ela promove, permitindo a usuários hospedar eventos de exibição de conteúdo audiovisual e assistir com amigos e pessoas desconhecidas simultaneamente com interação.

No entanto há um emaranhado de críticas ao funcionamento da plataforma.

Críticas

É uma realidade que pessoas já usaram o Facebook Watch para transmitir conteúdos de forma ilegal. Inclusive com a criação de grupos que violam abertamente os direitos autorais de filmes, séries e outros conteúdos. Neles, participantes votam em enquetes para escolher qual filme será assistido.

Criadores também reclamam do chamado “rebooting”, em que usuários copiam vídeos de outras plataformas, como o Youtube, e disponibilizam no Facebook Watch sem permissão.

Em sua defesa, a empresa alega ter mecanismos para a remoção de contas que causem tais problemas.

Brasil

Desde setembro de 2018, a plataforma está disponível para uso no Brasil, tanto no desktop quanto em aplicativos para celular.

Um grande marco para a expansão foi a parceria com o Grupo Turner, dono do canal Esporte Interativo que fechou os direitos de transmissão com 16 times brasileiros em 2016 — como Internacional, Palmeiras e Santos — e parou a transmissão em canais de TV em 2019, migrando para a Internet.

Com o crescimento de suas redes, o canal fechou uma parceria com o Facebook para a transmissão de jogos da Liga dos Campeões da Europa, assim como os canais TNT e Space.

Desde o início da parceria, o público da rede social vem aumentando a cada partida.

Atualmente, o Facebook Watch detém os direitos de transmissão da Copa Libertadores da América até 2022 e da Liga dos Campeões da Europa até a temporada 2020/2021. Transmite outras modalidades como basquete, beisebol, luta livre e tem parceria com canais como Desimpedidos, o próprio Esporte Interativo e outros.

Com a confirmação da parceria com clubes brasileiros, o Facebook fortalece a produção de conteúdo próprio do canal, entra em uma briga com outras gigantes internacionais e com o mercado nacional brasileiro.

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