Fujitsu A64FX é o melhor supercomputador do mundo

Fujitsu A64FX é o melhor supercomputador do mundo

Acaba de ser divulgada a mais recente lista TOP500 de supercomputadores de todo o planeta. E o grande destaque desta listagem são as várias posições ocupadas pelos supercomputadores AMD EPYC. No entanto, para surpresa de muita gente, o supercomputador Fujitsu A64FX, com base em ARM, está no topo da lista. Portanto, de acordo com esse ranking, o Fujitsu A64FX é o melhor supercomputador do mundo.

O Japão tem o atual supercomputador número um da Fugaku, equipado com os SoCs Fujitsu 48-core A64FX. O Fugaku pode atingir ter um desempenho computacional superior a 1 ExaFLOP. Chegando ao número dois está a Summit com suas GPUs IBM POWER9 e Tesla V100. O número três é o Sierra com POWER9 e Tesla V100 também.

Enquanto isso, a AMD está comemorando também o desempenho obtido. Até agora possui pelo menos quatro dos 50 principais supercomputadores equipados com AMD EPYC. Você pode conferir esse excelente desempenho da AMD consultando este link aqui.  Mais detalhes sobre os supercomputadores com melhor desempenho e outras alterações fazem parte da 55ª edição do TOP500.

Fujitsu A64FX é o melhor supercomputador do mundo

Os dados completos podem ser verificados no Top500.org. Outra novidade presente é que os supercomputadores estão mais poderosos e consumindo menos energia. Assim, conseguem agregar melhoria de desempenho com efici|ência no consumo de energia.

Detalhando um pouco mais o relatório, vemos que o Fugaku obteve um resultado de High Performance Linpack (HPL) de 415,5 petaflops, superando o agora segundo lugar do sistema Summit por uma equação de 2,8x. O Fugaku é alimentado pelo So64 A64FX de 48 núcleos da Fujitsu, tornando-se o primeiro sistema número um da lista a ser alimentado por processadores ARM. Isso geralmente é usado em aprendizado de máquina e em aplicações de IA. O novo sistema está instalado no Centro RIKEN de Ciência da Computação (R-CCS) em Kobe, Japão.

Outras posições

O número dois na lista é o Summit, um supercomputador construído pela IBM que entrega 148,8 petaflops em HPL. O sistema possui 4.356 nós, cada um equipado com duas CPUs Power9 de 22 núcleos e seis GPUs NVIDIA Tesla V100. Os nós são conectados a uma rede Mellanox EDR InfiniBand de trilho duplo. O Summit está sendo executado no Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), no Tennessee, e continua sendo o supercomputador mais rápido dos EUA.

O número três é o Sierra, um sistema no Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL), na Califórnia, atingindo 94,6 petaflops no HPL. Sua arquitetura é muito semelhante à Summit, equipada com duas CPUs Power9 e quatro GPUs NVIDIA Tesla V100 em cada um de seus 4.320 nós. A Sierra emprega o mesmo Mellanox EDR InfiniBand que a interconexão do sistema.

O Sunway TaihuLight, um sistema desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa de Engenharia e Tecnologia de Computadores Paralelos da China (NRCPC), cai para o número quatro da lista. O sistema é alimentado inteiramente pelos processadores Sunway de 260 núcleos SW26010. Sua marca HPL de 93 petaflops permaneceu inalterada desde que foi instalada no Centro Nacional de Supercomputação em Wuxi, China, em junho de 2016.

Completando a lista dos TOP 10

O número cinco é o Tianhe-2A (Via Láctea-2A), um sistema desenvolvido pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa da China (NUDT). Seu desempenho em HPL de 61,4 petaflops é o resultado de uma arquitetura híbrida empregando CPUs Intel Xeon e coprocessadores Matrix-2000 personalizados. Ele é implantado no Centro Nacional de Supercomputadores em Guangzhou, China.

Um novo sistema na lista, o HPC5, conquistou o sexto lugar, com um desempenho de 35,5 petaflops no HPL. O HPC5 é um sistema PowerEdge construído pela Dell e instalado pela empresa italiana de energia Eni SpA, tornando-o o supercomputador mais rápido da Europa. É alimentado por processadores Intel Xeon Gold e GPUs NVIDIA Tesla V100 e usa o Mellanox HDR InfiniBand como a rede do sistema.

Outro novo sistema, Selene, está no número sete, com uma marca de 27,58 petaflops em HPL. É um DGP SuperPOD, equipado com as novas GPUs A100 “Ampere” da NVIDIA e as CPUs EPYC “Rome” da AMD. O Selene está instalado na NVIDIA nos EUA. Ele também usa o Mellanox HDR InfiniBand como a rede do sistema.

O Frontera, um sistema Dell C6420 instalado no Texas Advanced Computing Center (TACC) nos EUA, ocupa o oitavo lugar na lista. Seus 23,5 petaflops em HPL são alcançados com 448.448 núcleos Intel Xeon.

O segundo sistema italiano no top 10 é o Marconi-100, instalado no centro de pesquisa CINECA. É alimentado por processadores IBM Power9 e GPUs NVIDIA V100, empregando o Mellanox EDR InfiniBand de trilho duplo como a rede do sistema. Os 21,6 petaflops do Marconi-100 conquistaram o nono lugar na lista.

Completando o top 10 está o Piz Daint, com 19,6 petaflops, um sistema Cray XC50 instalado no Centro Nacional de Supercomputação da Suíça (CSCS), em Lugano, na Suíça. É equipado com processadores Intel Xeon e GPUs NVIDIA P100.

No geral, o domínio é chinês

A China continua a dominar o TOP500 em relação à contagem de sistemas, obtendo 226 supercomputadores na lista. Os EUA são o número dois com 114 sistemas. O Japão é o terceiro com 30. A França tem 18 e a Alemanha afirma 16. Apesar de ficar em segundo lugar na contagem de sistemas, os EUA continuam a superar a China no desempenho agregado da lista, com 644 petaflops, contra 565 petaflops da China. O Japão, apesar de ter bem menos supercomputadores, entrega 530 petaflops.

Sobre a lista TOP500

A primeira versão do que se tornou a lista TOP500 de hoje começou como um exercício para uma pequena conferência na Alemanha em junho de 1993. A lista TOP500 é compilada por Erich Strohmaier e Horst Simon, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley; Jack Dongarra, da Universidade do Tennessee, Knoxville; e Martin Meuer, do ISC Group, Alemanha.

 

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