Em um movimento que serve de aviso às empresas de comércio eletrônico, o Google irá adicionar um recurso de compras no YouTube. O novo recurso que permite aos espectadores comprar produtos diretamente na plataforma de compartilhamento de vídeo está atualmente em fase de testes.
De acordo com a Bloomberg, o YouTube tem escolhido alguns criadores de conteúdo para marcar produtos em seus vídeos. Com isso, o Google pretende coletar dados para suas ferramentas analíticas e de compras antes de integrar totalmente o novo recurso de comércio eletrônico no YouTube.
Um representante da empresa confirmou que os criadores terão controle sobre os produtos que marcam em seus vídeos. Contudo, não há uma palavra final sobre quando o recurso surgirá. Do mesmo modo, não se sabe se o YouTube ficrá com um percentual, nem como todo o processo funciona.
Google planeja recurso de compras no YouTube
No momento, a gigante do streaming de vídeo obtém 30% da receita dos criadores por meio de assinaturas. No entanto, a cobrança pelo uso da plataforma para vendas de produtos provavelmente será menor que esse valor.
A atual pandemia afetou negativamente a receita com base em anúncios, enquanto, em contraste, a receita de vendas do e-commerce disparou. O plano do Google segue essa tendência, pois visa reduzir a dependência do YouTube do Google Ads, introduzindo um aspecto de comércio eletrônico incrivelmente potente.
Uma grande quantidade de vídeos do YouTube são análises de produtos e muitas pessoas consultam esses vídeos antes de fazer uma compra. Por meio de uma interface de e-commerce integrada, o YouTube pode capitalizar sobre esse comportamento do usuário e potencialmente obter lucros enormes.
Além disso, o Google anunciou o suporte da Shopify para o Google Shopping, seu mercado on-line, no início deste ano. O Shopify também está ajudando o gigante da tecnologia no desenvolvimento do novo recurso do YouTube.
Muito parecido com os rivais Amazon e Facebook, o Google também tem a intenção de aproveitar o poder absoluto da indústria multibilionária de comércio eletrônico. E, dado que o YouTube é uma mina de oportunidades de vendas ainda não descoberta, a decisão do Google de integrar um sistema de compras parece óbvia.