Google vai excluir arquivos impróprios do Drive

Google vai excluir arquivos impróprios do Drive
Imagem: App Store

O Google excluirá os arquivos do Drive (ou até mesmo banirá os usuários) se verificar seu conteúdo e considerá-lo “impróprio” (não ilegal). São os novos termos de uso da empresa que foram adotados ainda em dezembro em relação ao Google Drive, o armazenamento de nuvem da empresa. Caso o Google considere inadequado, pode restringir o acesso aos arquivos pessoais. Basta que eles entendam que o conteúdo viola as políticas estabelecidas. Portanto, deveremos ver daqui para a frente o Google podendo excluir arquivos pessoais no Drive.

De acordo com as primeiras informações, o Google iria esperar duas semanas a partir do o anúncio destas novas medidas para começar a escanear nossos conteúdos guardados em nuvem. Assim, devem detectar arquivos comprometidos ou suspeitos, mesmo que estes não infrinjam a lei.

Podemos revisar o conteúdo para determinar se ele é ilegal ou viola nossas Políticas do Programa e podemos removê-lo ou recusar-nos a publicá-lo se tivermos motivos suficientes para acreditar que ele viola nossas políticas ou a lei.

Isso significa que, a esta altura, já existem usuários passando por esse processo de revisão de arquivos hospedados.

Google vai excluir arquivos impróprios do Drive

Google vai excluir arquivos impróprios do Drive

Esta questão está sendo investigada pelo Parlamento Europeu. Afinal, a empresa teria mesmo direito de decidir qual o conteúdo o usuário armazena? Do jeito que está posto, a empresa detecta violação com o uso de sistemas automatizados. Depois, um pessoal especializado vai revisar o conteúdo suspeito. Somente então, eles decidem que medidas irão tomar. Isso pode ser desde a restrição ao acesso a terceiros, evitando compartilhamentos on-line, até a exclusão total dos arquivos. Além disso, o usuário poderá também ser banido de todos os serviços do Google.

O que será considerado inadequado pelo Google?

De acordo com o Google, ferem as normas da empresa algumas condutas inadequadas como, por exemplo, hospedar malware até documentos sexualmente explícitos. É preciso ficar atento à incitação ao ódio e “conteúdo que coloca crianças em perigo”.

No entanto, muita gente tem criticado a decisão, uma vez que o Google não definiu claramente qual conteúdo é ‘abusivo’ de acordo com seus padrões. Assim, guardar fotos íntimas de si mesmo viola ou não as regras do Google? Outra dúvida é se isso estaria entre as exceções “baseadas em considerações artísticas, educacionais, documentais ou científicas” que o Google afirma contemplar.

Muitos usuários afirmam que correm riscos com essa indefinição, já que poderiam ter conteúdos apagados de forma arbitrária. Por outro lado, o Google vai dar um ‘direito de contestação’ a este tipo de decisão. No entanto, não existe prazo para que um conteúdo seja revisado.

Especialistas acreditam que o próprio governo está dando poderes excessivos a essas plataformas digitais. O problema já é apontado como preocupante pela União Europeia.

Via Genbeta

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