O cerco a todos os produtos da Rússia continua em virtude da guerra. Desde o final de semana a Comissão Europeia vem tomando medidas para impedir os meios de comunicação russos Sputnik e Russia Today de distribuírem conteúdos pró Rússia. A alegação é de que ambos são parte da máquina de propaganda daquele governo. No entanto, as medidas contra esses meios de comunicação não vieram apenas dos poderes públicos europeus. Neste contexto, surge também o Google que se junta a outras empresas e governos nas sanções àquele país. Neste sentido, o Google veta publicação e monetização de anúncios de mídia russos em seu mecanismo de busca e no YouTube.
Para fazer isso, e alegando “circunstâncias extraordinárias”, o Google anunciou neste fim de semana que bloqueará o recebimento de fundos da publicidade de sites, aplicativos e canais de vídeo do YouTube de todos os meios de comunicação russos sancionados pelas potências ocidentais.
Isso significará, nas palavras de Farshad Shadloo (YouTube), que os canais do YouTube afetados também aparecerão com menos frequência nas recomendações que a plataforma faz aos seus usuários.
Um dia antes, o Facebook havia decidido vetar tanto a publicação quanto a monetização de anúncios nesses mesmos meios. Esta é uma resposta ao bloqueio parcial da Rússia de acesso a essa rede social, devido a divergências decorrentes dos critérios factuais aplicado pela plataforma.
Google veta publicação e monetização de anúncios de mídia da Rússia em seu mecanismo de busca e no YouTube. Novas medidas podem ser adotadas
Poucas horas após o primeiro anúncio, o Google adicionou uma nova medida: impedir que qualquer mídia pública russa acesse a tecnologia de publicidade do Google destinada a gerar receita para seus sites e aplicativos. Somam-se a isso outras medidas, como a proibição de comprar anúncios por meio do Google Tools e veicular anúncios nos serviços do Google (como Web Search ou Gmail).
Além disso, os canais de vídeo afetados não estarão mais disponíveis online para usuários que acessam de dentro da Ucrânia, depois de Mykhailo Fedorov, Ministro da Transformação Digital da Ucrânia (o mesmo que conseguiu fornecer ao seu país contato na Internet via Twitter com Elon Musk).
Da mesma forma, o Google respondeu a outra solicitação do governo Zelensky em relação ao Russia Today: “Em resposta a uma solicitação legal do governo ucraniano, o aplicativo RT News não está mais disponível para download no Google Play na Ucrânia”. Um pedido que também foi feito à Apple.
E novas medidas podem ser adicionadas a isso nas próximas horas e dias. Nas palavras de Michael Acinam, porta-voz da Alphabet/Google:
Estamos monitorando ativamente como a situação se desenvolve e tomaremos mais medidas se acharmos necessário.
Via Genbeta