Governo dos EUA proíbe venda do antivírus Kaspersky devido a riscos de segurança

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A administração Biden anunciou que proibirá a venda do software antivírus Kaspersky devido aos riscos que a Rússia representa para a segurança nacional dos EUA. O governo dos EUA está implementando uma nova regra que aproveita os poderes estabelecidos durante a administração Trump para proibir a venda de software.

Antivírus Kaspersky proibido nos EUA

O Departamento de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio proibiu a empresa russa de segurança cibernética porque está sediada na Rússia. Especialistas governamentais acreditam que a influência do Kremlin sobre a empresa representa um risco significativo, informou, de acordo com o Reuters (Via: Security Affairs).

Atores ligados à Rússia podem abusar do acesso privilegiado do software aos sistemas de um computador para roubar informações confidenciais de computadores americanos ou espalhar malware, apontou a secretária de Comércio, Gina Raimondo, em uma teleconferência com repórteres na quinta-feira.

Esta não é a primeira vez que os governos ocidentais proíbem o Kaspersky, mas a empresa russa sempre negou qualquer ligação com o governo russo. De acordo com o Reuter, o governo dos EUA planeja adicionar três unidades da empresa de segurança cibernética a uma lista de restrições comerciais. A medida terá um impacto significativo nas vendas da empresa nos EUA e potencialmente em outros países ocidentais que possam adotar restrições semelhantes contra a empresa de segurança.

A proibição começará em 20 de julho, porém, as atividades da empresa, incluindo atualizações de software para seus clientes nos EUA, serão proibidas em 29 de setembro. Ou seja, os americanos ainda têm um tempo para mudarem seus antivírus.

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Raimondo está convidando os clientes da Kaspersky a substituir o seu software, mas também explicou que os clientes dos EUA que já usam o antivírus da Kaspersky não estão violando a lei. O Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Justiça notificarão os consumidores dos EUA sobre a proibição. Eles também criarão um site para fornecer aos clientes afetados mais informações sobre a proibição e instruções sobre a substituição.

A agência de segurança cibernética dos EUA, CISA, notificará os operadores de infraestrutura crítica que usam o software Kaspersky para apoiá-los na substituição da empresa de segurança.

Em março de 2022, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA adicionou vários produtos e serviços Kaspersky à sua Lista Coberta, afirmando que representam riscos inaceitáveis para a segurança nacional dos EUA.

Em março de 2022, a agência Federal Alemã para Segurança da Informação, também conhecida como BSI, também recomendou aos consumidores que desinstalassem o software antivírus Kaspersky. A Agência alerta que a empresa de segurança cibernética pode estar implicada em ataques de hackers durante a invasão russa da Ucrânia.

De acordo com o §7 da lei do BSI, o BSI alerta contra o uso do Kaspersky Antivirus e recomenda substituí-lo o mais rápido possível por soluções de defesa de outros fornecedores.

O alerta apontou que o software antivírus opera com altos privilégios nas máquinas e, se comprometido, pode permitir que um invasor assuma o controle delas. O BSI observa que a confiança na confiabilidade e autoproteção de um fabricante, bem como na sua autêntica capacidade de agir, é crucial para o uso seguro de qualquer software de defesa. As dúvidas sobre a confiabilidade do fabricante, levam a agência a considerar a proteção antivírus oferecida pelo fornecedor como arriscada para a infraestrutura de TI que a utiliza.