Homem é condenado por manter site sobre a DarkWeb

Homem é condenado por manter site sobre a DarkWeb
Homem é condenado por manter site sobre a DarkWeb

Um homem de Israel que mantinha um site falando sobre a DarkWeb acabou condenado pela justiça dos Estados Unidos. Tal Prihar, de 37 anos é natural de Israel e dirigia o DeepDotWeb (DDW), um site de notícias e resenhas da DarkWeb. Só por causa disso, ele pegou uma pena de 97 meses de prisão (o que dá mais de 8 anos). Além disso, recebeu uma multa que chega a mais de US$ 8 milhões. A acusação é que ele estava conspirando para cometer o crime de lavagem de dinheiro. O próprio réu havia confessado o crime.

O mais interessante é que o site DeepDotWeb não hospedava arquivos maliciosos ou nocivos. No entanto, tinha conexão direta com vários mercados da DarkWeb onde produtos ilegais estavam à venda. Segundo os investigadores do FBI, aparentemente não havia nada de ilegal e este seria apenas mais um site de informações com foco na DarkWeb.

Porém, os investigadores descobriram que ela recebeu dinheiro ilegal para vincular seu conteúdo de informações a mercados da “dark web”. Especificamente, segundo o FBI, os sites indicados vendiam ilegalmente armas de fogo, malware e ferramentas ilícitas para hackers, além de drogas e informação financeira que deveria ser confidencial.

Homem é condenado por manter site sobre a DarkWeb. Foram milhares de bitcoins para fazer o marketing

Homem é condenado por manter site sobre a DarkWeb
Homem é condenado por manter site sobre a DarkWeb

A revista online DeepDotWeb fazia análises de sites que estavam hospedados na DarkWeb. Isso ocorria em uma seção de notícias que informava sobre o status de vários sites Tor e publicava análises de sites. Porém, por trás da simples publicação de notícias havia um negócio milionário e criminoso disfarçado de venda de publicidade. Prihar recebeu um total de 8.155 bitcoins de seus acordos de marketing afiliado com as operadoras Dark.Web.

Site deu visibilidade criminosos

Por conta disso, pode-se dizer que o DeepDotWeb era um site clearnet, ou seja, acessível a um público mais amplo e que falava de outros mais restritos. Então, desta forma, as páginas de venda de produtos ilícitos utilizaram esta plataforma para terem maior visibilidade junto do grande público.

De acordo com os investigadores, não é tão fácil chegar aos links veiculados pelos criminosos na dark web. Daí, o DeepDotWeb facilitava esse processo, sem a necessidade de mecanismos de busca especializados.

Portanto, o uso intermediário dessa teia de informações ajudou muitas páginas suspeitas a terem maior visibilidade. “Serviu como uma porta de entrada para um mundo oculto de crime online”, disseram as autoridades.

Embora o DeepDotWeb não tivesse ligação direta com os crimes, os visitantes desses sites vinculados estavam comprando produtos e serviços ilegais. Assim, o responsável foi também considerado culpado de operações criminosas. Além disso, “para ocultar a natureza e a origem desses pagamentos de propina, Prihar transferiu os pagamentos de sua carteira de bitcoin DDW para outras contas de bitcoin e para contas bancárias que ele controlava em nome de empresas de fachada”, como explica o comunicado do Departamento de Justiça responsável pelo caso.

O processo envolve outro réu chamado Michael Phan, 34, também cidadão israelense. Este seria co-proprietário da DeepDotWeb. Porém, ele está foragido.

Via Genbeta