A Inteligência artificial vem ganhando cada vez mais espaço em nossas vidas. E assim, não será difícil encontrar soluções utilizando IA em todo lugar, inclusive nos inusitados. Com o tempo, algumas empresas apostam que o trabalho repetitivo será automatizado, restando espaço apenas para os trabalhadores criativos.
Essa mesma aposta vem sendo feito pela IBM. Em um relatório divulgado pelo MIT-IBM Watson AI Lab chamado “O futuro do trabalho: como as novas tecnologias estão transformando tarefas”, o estudo encontrou sinais que o uso de IA esta mudando o mundo trabalhista.
Desta forma, o estudo aponta que o processo de mudança envolvendo inteligência artificial é lento, no entanto, contínuo. E assim, deve desencadear um novo modelo na natureza das tarefas, essencialmente aquelas repetitivas.
À medida que as novas tecnologias continuam a crescer nas empresas e nos setores, é nossa responsabilidade como inovadores entender não apenas as implicações dos processos de negócios, mas também o impacto social, disse Martin Fleming, vice-presidente e economista-chefe da IBM, em comunicado.
Para esse fim, essa pesquisa empírica do MIT-IBM Watson AI Lab lança uma nova luz sobre como as tarefas estão se reorganizando entre pessoas e máquinas como resultado da IA ??e das novas tecnologias, conclui.
Com a ascendência da automação e da inteligência artificial, há um intenso debate sobre como esse novo processo tecnológico vai influenciar o mercado de trabalho. De um lado, dizem que a automação vai acabar com as vagas de emprego, e por outro lado, dizem que a tecnologia será criadora de novos empregos e possibilidades.
Dito isso, o estudo IBM-MIT não comentou nenhum dos lados. Os pesquisadores usaram o aprendizado de máquina para analisar 170 milhões de vagas de emprego nos EUA entre 2010 e 2017. Eles descobriram que das 18.500 possíveis tarefas que os funcionários desempenhavam, em média, o número havia caído 3,7% em sete anos.
Ainda falando sobre o estudo, ele aponta que essas tarefas que tiveram quedas foram justamente as que estão sendo executadas por IA ou sistemas automatizados. Uma das tarefas que estão atualmente dispensando funcionário, é a de agendamento e validação de credenciais.
Então, o relatório aponta que no futuro será explorado a capacidade dos funcionários. E assim, as habilidades e análises intelectuais, serão sem dúvida, a maior busca pelos contratantes. Com isso, trabalhos que exijam flexibilidade física, bom senso, comunicação, serão valiosos e muito melhor remunerados.
Nesta análise, os salários dos empregos que exigem atributos como conhecimento financeiro de ponta e habilidades em design gráfico aumentaram, mas também os salários dos empregos de serviços, como cabeleireiro e instrutor de fitness. Enquanto a IA está reduzindo o número de tarefas que estão sendo executadas em outros setores, esses tipos de tarefas de soft skills estão vendo um aumento no número de tarefas, diz o estudo.
Com isso, a zona de perigo a curto prazo parece ter como alvo trabalhadores em empregos de nível intermediário. Enquanto os dois últimos grupos estão recebendo aumentos salariais mais rápidos, esse grupo do meio está vendo um aumento muito mais lento nos salários.
Por fim, o estudo observa que o ritmo dessa mudança é lento, pois ainda são sinais precoces de como a IA afetará o trabalho. Mas espera-se que essa transformação ganhe velocidade nos próximos anos.
No momento, isso dá a empregadores e funcionários tempo para se preparar para a mudança, diz o estudo. Os pesquisadores pediram às empresas que revisem seus programas de recursos humanos e repensem a maneira como treinam funcionários. Da mesma forma, os funcionários devem procurar treinamento que aprofundará suas habilidades mais criativas.