O Telegram descumpriu uma ordem judicial e está suspenso do país após a rede social não entregar dados de grupos neonazistas e fascistas que espalhavam mensagens de ódio e cometiam vários crimes na rede social. Segundo a Polícia Federal (PF), as empresas de telefonia e lojas de aplicativo devem tirar aplicativo do ar imediatamente. A Justiça ainda ampliou a multa aplicada ao aplicativo de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.
Isso ocorre porque o aplicativo de mensagens Telegram não entregou à Polícia Federal todos os dados sobre grupos neonazistas da plataforma. Assim, a Justiça determinou que operadoras de telefonia e lojas de aplicativos retirem o aplicativo do ar imediatamente.
Segundo a Diretoria de Inteligência da PF, as empresas de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi e o Google a Apple, responsável pelas lojas de aplicativos Playstore e App Store já receberam a determinação.
O Telegram chegou a entregar parte dos dados pedidos pela PF na sexta-feira (21), após a pedir uma intervenção do judiciário.
Justiça suspende Telegram após rede não entregar dados
A corporação, entretanto, quer contatos e dados dos integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista, e o Telegram não forneceu os números de telefone.
O pedido de acesso aos dados do grupo neonazista foi feito depois dos ataques à escola em Aracruz. O episódio deixou quatro mortos. As investigações mostraram que o assassino de 16 anos tinha ligações com grupos com conteúdos antissemitas pelo Telegram.
A polícia pediu que a plataforma entregasse os dados de administradores e integrantes do grupo para apurar as conexões e se houve influência no crime em Aracruz.