Mais de 3 milhões de brasileiros tiveram WhatsApp clonado

mais-um-capitulo-da-saga-whatsapp-e-novas-politicas-de-privacidade
Imagem: Psafe

O número assusta: mais de 3 milhões de usuários brasileiros tiveram o WhatsApp clonado. Este é o principal mensageiro usado no país, apesar de concorrentes como o Telegram. A clonagem foi detectada em uma pesquisa feita pelo dfndr lab, o laboratório especializado em segurança digital da PSafe. Os números são relativos até julho deste ano.

Apesar desse número alto, o resultado representa uma queda de 8% no número de ataques em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2019, por exemplo, essa mesma pequisa apontou nada menos que 8,5 milhões de brasileiros atingidos por golpes no aplicativo do Facebook. Provavelmente, segundo a pesquisa, as pessoas estão melhor informadas sobre esse tipo de ataque. Porém, 3 milhões pode ser considerado um número assustador pelos especialistas em segurança cibernética.

Ainda em 2019, 26,7% dos entrevistados apontaram o vazamento de conversas privadas como o principal prejuízo da clonagem de WhatsApp, seguido de envio de links com golpes para outros contatos (26,6%); solicitações de dinheiro aos amigos (18,2%), perda da conta do WhatsApp (18,0%); e chantagem (10,5%).

São nada menos que 40 mil links de golpes ativos. Eles circulam praticamente sem controle entre os usuários. Esses links geralmente são compartilhados em redes sociais e vários aplicativos de mensagens, entre eles, o mais popular de todos, o WhatsApp. O golpe se baseia em fornecer algum tipo de benefício aos usuários. Se acreditarem nas promessas e clicarem nos links enviados, já era. Após clicar em um link malicioso, a pessoa acaba concedendo a permissão para receber as notificações por push, por onde chegam anúncios que geram lucro aos criminosos, além de mais mensagens com novos golpes.

Mais de 3 milhões de brasileiros tiveram WhatsApp clonado

Mais de 3 milhões de brasileiros tiveram WhatsApp clonado

Outra técnica usada pelos criminosos é ligar para as vítimas. O atacante diz trabalhar em uma determinada empresa, como instituições bancárias em que a vítima é cliente. Na conversa, eles dizem haver algum dado divergente. Então, o golpista tenta pegar o código SMS enviado ao celular da vítima. Desse modo, o app pode ser usado facilmente em outro aparelho. aparelho.

Como se proteger dos golpes

O próprio WhatsApp possui mecanismos que detectam links maliciosos. Também é possível instalar um antivírus que proteja melhor seu aparelho. Outra medida imprescindível é ativar a autenticação em dois fatores para reduzir risco de fraudes.

Porém, vale a máxima de jamais clicar em links suspeitos, mesmo que venham de alguém conhecido, já que ele pode ter sido atacado. Notícias sensacionalistas ou promessas imperdíveis devem acender o sinal de alerta também.

Se ainda assim tiver alguma dúvida, o site do dfndr faz a checagem sobre a confiabilidade de um link.