A Microsoft vai lançar um gerenciador de pacotes para o Windows. Agora a versão ainda está em desenvolvimento e alguns testes já estão sendo realizados. A informação foi divulgada no evento virtual da empresa, a conferência Build. O Windows Package Manager deve seguir o mesmo modelo de uso das distribuições Linux, por ora, sabemos que o software será utilizado para instalar os aplicativos.
De acordo com as demonstrações realizadas durante o evento, o software não será tão poderoso quanto o mesmo modelo presente no Linux. No entanto, os desenvolvedores poderão instalar softwares, mas por enquanto, não poderão fazer edições de arquivos de configurações e outras tarefas ditas como simples.
Além disso, e parece até ironia, a Microsoft também lançou um repositório de software chamado de Community (Comunidade), será por ele que os usuários vão poder utilizar o gerenciador de pacotes do Windows para instalar softwares. Mas a Microsoft não escondeu sua preocupação sobre o uso desenfreado de softwares com possíveis malwares.
…aproveitamos o SmartScreen, a análise estática, a validação de hash SHA256 e alguns outros processos para reduzir a probabilidade de software malicioso entrar no repositório e na sua máquina. – Disse a empresa durante o evento.
Por enquanto, aplicativos básicos e conhecidos estão presentes no repositório de softwares Microsoft comunitário. Dentre eles podemos destacar o 7Zip, AWS CLI (Interface da Linha de Comando), CLI do Azure, Discord, Dropbox, KeePass, Git, Inkscape, TreeSize, LibreOffice, PowerToys, SQL Server Management Studio, Gimp, Visual Studio, Firefox, Spotify, Zoom e vários outros aplicativos.
Pelo que vemos a Microsoft vai utilizar apenas a validação de hash para identificar se o software foi alterado em algum momento, o que é inseguro. Além disso, há disponibilidade, assim como no Linux, de incluir repositório de softwares de terceiros, mas ainda estes não estão disponíveis.
Por que não utilizar o Chocolatey?
Quando questionada sobre a não utilização do Chocolatey, que já conta com mais de 7 mil pacotes e mais de um bilhão de pacotes instalados pelos usuários, a empresa esclarece:
Houve várias razões para nos criar uma nova solução, disse Demitrius Nelon, gerente sênior de programas da Microsoft.
Mas, o gerente não deu muitas explicações, ele disse que há motivos para ser lançado um novo gerenciador de pacotes Microsoft e que quem estiver satisfeito com o seu atual continue utilizando. Mas vale destacar que o Windows Package Manager está longe de ser igual, ou ao menos similar aos gerenciadores de pacotes das distribuições Linux.
Para termos uma ideia, o gerenciador ainda não desinstala programas e também não os atualiza automaticamente e tão pouco possui comandos para que isso seja feito ainda que manual. E tem mais, se o software que o usuário instalar precisar de outro aplicativo, ao qual chamamos no Linux de dependência, o gerenciador de pacotes do Windows não consegue resolver a demanda. E como resultado, erros podem aparecer na execução.
No entanto, há planos para que os recursos estejam disponíveis em breve só não sabemos quando.
Windows Package Manager
Já os usuários que testaram não conseguem entender o motivo da Microsoft chamar este software de Gerenciador de Pacotes Windows, pois ele não faz nada mais além de baixar os instaladores e executar. Dizem ainda que instaladores não são pacotes, e que executar não é gerenciar. No GitHub do WinGet, que é o nome do aplicativo em questão há comentários sobre isso, e até questionamentos que foram respondidos pelo Andrew Clinick, gerente de programa do grupo.
Clinick disse que o WinGet é, na verdade, uma devolutiva a demandas para que fosse possível criar scripts em máquinas para desenvolvedores, e que a verdadeira solução para os pacotes do Windows está no MSIX. Segundo ele, quem utilizar o MSIX poderá desinstalar, e até gerenteicar dependências.
Por ora, a Microsoft não forneceu muitos detalhes, as informações são bem compactas e com respostas curtas, para que a empresa ainda não tem segurança em comentar o assunto. E se você quiser obter mais informações e até testar os softwares, consulte os links abaixo: