Uma operação internacional da INTERPOL, de codinome Chacal, resultou na prisão de 75 indivíduos de uma rede organizada de crimes cibernéticos chamada Black Axe.
A operação envolveu órgãos de aplicação da lei em 14 países: Argentina, Austrália, Costa do Marfim, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Malásia, Nigéria, Espanha, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA. Ela se deu em quatro continentes e também visava grupos do crime organizado da África Ocidental.
Rede de crimes cibernéticos Black Axe
Os grupos de cibercriminosos Black Axe são responsáveis ??pela maioria das fraudes financeiras em escala global, bem como por muitos outros crimes graves, aponta o Security Affairs.
A Interpol já realizou muitas outras operações para prender cibercriminosos. No entanto, esta é a primeira operação conduzida pela Interpol visando especificamente o grupo de crimes cibernéticos Black Axe.
No final de setembro, a equipe da INTERPOL anunciou a prisão de dois supostos membros da organização criminosa. A dupla é suspeita de ser responsável por golpes online que resultaram no roubo de US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 9,5 mi) das vítimas.
“Ao longo de uma ‘semana de ação’ coordenada (26 a 30 de setembro), a polícia em todo o mundo lançou operações de fiscalização contra indivíduos ligados ao grupo Black Axe, prendendo suspeitos de criminosos ou mulas de dinheiro, invadindo e fechando instalações e apreendendo bens relacionados a casos em andamento”, diz o anúncio publicado pela INTERPOL.
“Duas equipes de apoio operacional da INTERPOL também foram enviadas para a África do Sul e Irlanda, respectivamente, para ajudar a coordenar as equipes internacionais de aplicação da lei no terreno. Na Itália, os Carabinieri fizeram três prisões em Campobasso no âmbito da operação”.
Resultados da Operação Chacal
A operação da INTERPOL resultou na interceptação de 1,2 milhões de euros em contas bancárias; 75 prisões; 49 pesquisas de propriedades; 7 Avisos roxos da INTERPOL, detalhando o modus operandi criminal e; 6 Avisos Vermelhos da INTERPOL, emitidos para fugitivos procurados internacionalmente.
“A fraude é transnacional, não há fronteiras”, disse o detetive superintendente Michael Cryan do Garda National Economic Crime Bureau da Irlanda, que participou da Operação Chacal”. Ele acrescenta em sua fala que: “Este é um ótimo exemplo do que pode ser alcançado quando as forças policiais internacionais cooperam compartilhando inteligência, informações e evidências. Ao trabalhar em conjunto com o apoio da INTERPOL, as atividades dessas gangues criminosas podem ser bastante interrompidas, tornando-as mais seguras online para todos”.