O Linux é um câncer. A frase pesada do passado ainda ecoa na mente dos defensores do código livre que não conseguem perdoar a Microsoft depois dessa afirmação. A frase exata proferida pelo então presidente Steve Ballmer foi a seguinte: “O Linux não é de domínio público. O Linux é um câncer que se une no sentido de propriedade intelectual a tudo o que toca. É assim que a licença funciona”. Contudo, o mundo dá voltas. Para o caso da Microsoft, capota. O atual presidente Brad Smith reconhece os erros de posicionamento da Microsoft do passado em relação ao Linux e ao open source.
A relação cada vez mais próxima da Microsoft com o código aberto mostra que, de fato, o posicionamento era totalmente equivocado. O câncer parece ter sido curado.
Presidente da Microsoft reconhece erros do passado em relação ao Linux e open source
A Microsoft certamente mudou de atitude nos últimos anos, com seus inúmeros projetos de código aberto, com desenvolvedores de Linux na folha de pagamento para a recente aquisição do GitHub. E sempre é bom lembrar que existe até o Windows Subsystem for Linux (WSL).
Brad Smith atua como Presidente da Microsoft desde 2015. Na atual onda de lives, ele realizou uma conversa virtual com o MIT CSAIL sobre vários tópicos de tecnologia.
Alguns de seus comentários mais interessantes foram sobre o tema de código aberto, para o qual ele disse o seguinte:
A Microsoft estava do lado errado da história quando o código aberto explodiu no início do século e posso dizer isso sobre mim pessoalmente. A boa notícia é que, se a vida for longa o suficiente, você pode aprender que precisa isso. Hoje, a Microsoft é a maior colaboradora de projetos de código aberto do mundo quando se trata de negócios.Quando olhamos para o GitHub, vemos como o lar do desenvolvimento de código aberto e vemos nossa responsabilidade como sua administrador para torná-lo um lar seguro e produtivo para [desenvolvedores].
A conversa ocorreu no Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT e é necessário um registro para acompanhá-la.