Telegram promete ao TSE rastrear responsáveis por fake news

Telegram promete ao TSE rastrear responsáveis por fake news
Telegram pode ser bloqueado até esta segunda-feira no Brasil se descumprir decisão do STF

Um passo importante foi dado pela Justiça Eleitoral no combate às notícias falsas em redes sociais. Desta vez, o Tribunal Superior Eleitoral contará com a ajuda do Telegram para evitar que haja propagação de notícias falsas. Em reunião com o vice-presidente do Telegram, Ilya Perekopsky, representantes do TSE pediram que o aplicativo adote algumas medidas para ajudar no combate às “fake news”, como a possibilidade de rastrear os responsáveis pela publicação de conteúdo enganoso. Segundo texto publicado na página da Corte na internet, Perekopsky respondeu que algumas sugestões podem ser analisadas para serem implantadas no futuro, enquanto outras não poderiam ser atendidas. O TSE não especificou quais. Portanto, o Telegram promete ao TSE rastrear responsáveis por fake news.

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Perekopsky e o representante legal do Telegram no Brasil, o advogado Alan Campos Elias Thomaz, se reuniram na noite de segunda-feira com o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, com o secretário de Tecnologia da Informação do tribunal, Julio Valente, e outros representantes da Corte. Foi Valente quem fez a sugestão de rastrear conteúdo falso.

Após muita resistência em colaborar com a justiça brasileira, o Telegram mudou de postura em março deste ano, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando o seu bloqueio no Brasil. Em maio, o aplicativo fechou uma parceria com o TSE no combate à desinformação.

No encontro, o vice-presidente do Telegram disse que o aplicativo está adotando no Brasil, pela primeira vez no mundo, algumas iniciativas no combate à desinformação. Está por exemplo fazendo o monitoramento de conteúdos publicados nos grupos, medida que será repetida em outros países que enfrentam ameaças à democracia.

Telegram promete ao TSE rastrear responsáveis por fake news

Perekopsky também disse que as postagens identificadas como descontextualizadas ou falsas são marcadas e é colocado um aviso sobre isso aos usuários. Além disso, o conteúdo é enviado às agências de checagem para análise. Afirmou também que os usuários podem marcar e denunciar conteúdo que pode conter desinformação para que possa ser analisado. O vice-presidente do Telegram disse ainda que, durante a campanha, vai responder as solicitações do TSE da forma mais ágil possível.

Fachin, segundo informou o TSE em seu site, agradeceu ao Telegram pela relação construída com o tribunal nos últimos meses. O presidente da Corte também disse que a Justiça Eleitoral é comprometida com a liberdade de expressão, mas se mostrou preocupado com a disseminação de notícias falsas na campanha.

Após o encontro com os ministros do TSE, a equipe do Telegram também se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro.

Via Último Segundo

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