A semana passada foi marcada pelas tentativas do bilionário Elon Musk comprar a rede social Twitter. Os acionistas da empresa tentam impedir isso de todas as formas, apesar da ameaça de uma compra hostil das ações. Eles estão implementando o que o mercado chama de ‘pílula venenosa’. Isso consiste em um mecanismo em que caso alguém adquira 15% ou mais das ações do Twitter, os acionistas terão a oportunidade de comprar ações adicionais pela metade do preço. Deste modo, o Twitter tenta impedir Elon Musk de comprar rede social. O plano vale por pelo menos um ano caso seja feita alguma oferta sem a aprovação do conselho da empresa.
O conselho de administração do Twitter adotou por unanimidade um plano de direitos dos acionistas para impedir a oferta não solicitada de US$ 43 bilhões de Elon Musk para tornar a empresa privada.
Twitter tenta impedir Elon Musk de comprar rede social
A tal “pílula venenosa” é um plano de direitos dos acionistas. Ele oferece às empresas uma maneira de desencorajar uma aquisição hostil por outra empresa ou investidor ativista. Uma vez que o investidor ativista atinge um certo nível de propriedade de ações (neste caso, 15%), outros acionistas podem comprar ações a um preço com desconto, diluindo assim a participação do comprador ativista.
Caso Musk ou qualquer pessoa adquira mais de 15% das ações do Twitter, outras partes interessadas poderão comprar ações adicionais pela metade do preço.
O Plano de Direitos visa permitir que todos os acionistas percebam o valor total de seu investimento no Twitter, disse o Twitter em um comunicado.
O Plano de Direitos reduzirá a probabilidade de que qualquer entidade, pessoa ou grupo ganhe o controle do Twitter por meio da acumulação de mercado aberto sem pagar a todos os acionistas um prêmio de controle apropriado ou sem fornecer ao Conselho tempo suficiente para fazer julgamentos informados e tomar ações que estejam no melhores interesses dos acionistas.
Medida vale apenas para aquisições hostis
O plano não impede que o conselho do Twitter aceite uma proposta de aquisição. Porém, só se acreditar que é do melhor interesse do Twitter e de seus acionistas.
O Twitter observou que outras empresas de capital aberto adotaram planos semelhantes em circunstâncias comparáveis. A Netflix, por exemplo, adotou um plano de direitos dos acionistas em 2012. Isso depois que o investidor Carl Icahn adquiriu uma participação de 10% na empresa. Portanto, são medidas de proteção legítimas.
Via ZDNet