Pesquisadores do Laboratório de Dispositivos Fotônicos Aplicados da EPFL (LAPD), na Suíça, desenvolveram um método inovador de impressão em 3D que poderia turbinar toda uma indústria.
A impressão 3D convencional envolve a construção de um objeto a partir do zero, camada por camada, através de um processo conhecido como manufatura aditiva. É eficaz, mas também bastante entediante. Além disso, a resolução ou nível de detalhe geralmente não é tão boa assim.
Um método de impressão 3D inovador
Esta nova técnica é baseada nos princípios da tomografia. Começa com uma cuba de líquido transparente (plástico líquido ou gel biológico, dependendo da saída desejada) que é inserida na impressora. Ele começa a girar e, quase como que por mágica, o objeto começa a aparecer no recipiente. Em cerca de 30 segundos, está tudo pronto.
Damien Loterie, CEO da Readily3D (a empresa criada para ajudar a desenvolver e comercializar a tecnologia), disse que tudo se resume à luz. Assim, um laser é usado para endurecer o líquido no tanque através de um processo chamado polimerização. Ele acrescentou:
Dependendo do que estamos construindo, usamos algoritmos para calcular exatamente onde precisamos direcionar os feixes, de quais ângulos e em que dose.
Atualmente, a nova técnica pode fabricar objetos de dois centímetros com uma precisão de 80 micrômetros ou o diâmetro do cabelo. Porém, no futuro, eles esperam poder imprimir estruturas de até 15 centímetros.
Assim, é evidente que os casos de uso potenciais são abundantes. Por exemplo, Christophe Moser, chefe do LAPD, disse que pode ser útil na criação de pequenas peças de silicone ou acrílico que não precisam de acabamento após a impressão. Além disso, existem promessas nas áreas de medicina e biologia, pois essa técnica poderia ser usada para objetos macios, como aparelhos auditivos e protetores bucais.
No entanto, isso não quer dizer que as impressoras tradicionais 3D que são usadas com certa popularidade hoje em dia perderam o mercado, mas devemos encarar como o futuro delas e com um novo foco no ramo das gráficas e empresas que atuam neste mercado.
Novas tecnologias já estão ganhando espaço, e é absolutamente normal que impressoras rápidas ou capazes de imprimir materiais mais resistentes sejam lançadas nos próximos anos. No entanto, isso pode ser um sinal do fim do uso de moldes ou formas tradicionais.
Esses modelos de formas, para moldar objetos ainda são usados pela indústria, demandam tempo, espaço. No entanto, com a impressora 3D é possível ter rapidez na entrega destes objetos e também eliminar possíveis problemas de qualidade ou despadronização.
Desta forma, seria um ganho para indústria, e uma maior popularização de impressoras para uso residência focado em peças, itens e objetivos do cotidiano.17
Fonte: Tech Spot