Nesta semana, o Ubuntu anunciou o adeus à arquitetura de 32 bits. Segundo a Canonical, não haverá mais pacotes de 32 bits nem qualquer suporte para eles. Você deve se recordar que faz dois anos mais ou menos que surgiu a notícia de que eles parariam de criar imagens de 32 bits. Depois, os demais sabores do Ubuntu fizeram o mesmo. Porém, agora, eles anunciaram a retirada do suporte. Por esta razão, o Wine pode ficar de fora do Ubuntu.
A questão é que alguns dos desenvolvedores do Wine (uma interface que permite rodar programas desenvolvidos para o MS-DOS, bem como diferentes versões do Windows) anunciaram que não vão adaptar a versão atual da interface para 64 bits.
“Eu poderia criar uma versão de 64 bits do Wine para Ubuntu, mas eu perderia muito tempo explicando aos usuários”
Problema começará a partir da versão 19.10
Portanto, como já foi explicado, os aplicativos e versões do Ubuntu estarão disponíveis apenas em 64 bits. Sendo assim, programas baseados em 32 bits não poderão ser executados. Aí reside o problema em relação ao Wine. Os desenvolvedores responsáveis pela interface não digeriram muito bem esta alteração e até ameaçaram parar de desenvolvê-lo para o Ubuntu. Através da página do Wine, a discussão foi posta.
Eu poderia construir pacotes de Wine puro de 64 bits para o Ubuntu. Há 10 anos que estamos a dizer aos utilizadores que o Wine de 64 bits puro não é suportado. Porém, com tantos sistemas apenas de 64 bits, talvez seja hora de reconsiderar essa política. Certamente ter mais aplicativos Windows de 64 bits agora do que costumava ser, não seria completamente inútil. A desvantagem de fazer isso é que passaremos muito tempo explicando aos usuários que o Wine de 64 bits não executará programas de 32 bits, não importa quantos lugares coloquemos essa informação. A vantagem é que, se mudarmos essa política, estou pronto para usar pacotes Pure de 64 bits do CentOS 7. Talvez isso deva ser discutido no WineConf? , declarou a desenvolvedora Rosanne DiMesio.
Enfim, da mesma forma, atualmente existem muitos mais aplicativos do Windows rodando em 64 bits em comparação com o que encontramos há alguns anos. Então, este pode ser um bom momento para repensar a política atual. Assim, até hoje, dúvidas sobre se o Wine irá ou não se adaptar às demandas da nova versão do Ubuntu estão na mesa.