A Zoom admitiu que interrompeu três reuniões de aniversário da Praça da Paz Celestial e suspendeu as contas de ativistas a pedido da China. O serviço de videoconferência postou uma resposta sobre as ações tomadas contra Lee Cheuk-yan, Wang Dan e Zhou Fengsuo, sediados nos EUA e em Hong Kong.
Em suma, a Zoom diz que recebeu avisos da China em maio e início de junho sobre quatro grandes reuniões de comemoração da Praça da Paz Celestial, que o governo chinês considera atividades ilegais. O serviço explicou que uma equipe com sede nos EUA revisou os participantes nessas reuniões e descobriu que duas delas tinham um número significativo de participantes na China continental.
Zoom admite ter cumprido pedido chinês de suspender contas de ativistas
Outras duas não tinham participantes do continente, mas a China aparentemente insistiu que um dos anfitriões anteriormente realizou uma reunião em vídeo onde considerava ilegal a participação de pessoas do continente. Como resultado, três hosts foram suspensos, embora suas contas tenham sido restabelecidas.
Wang Dan e Zhou Fengsuo, dois desses anfitriões, foram líderes estudantis durante os protestos de 1989 e agora estão sediados nos EUA.
Embora admitisse cumprir as demandas da China, a Zoom disse que não forneceu ao governo nenhuma informação do usuário ou conteúdo da reunião. A empresa também negou que tenha um backdoor que alguém (ou seja, autoridades) possa usar para entrar nas reuniões sem ser visível. Além disso, defendeu sua decisão de interromper as reuniões e suspender os anfitriões. A empresa explicou que não tem a capacidade de “remover participantes específicos de uma reunião ou impedir que participantes de um determinado país participem de uma reunião”.
Como resposta à Zoom, alguns parlamentares americanos agora estão pedindo à empresa que esclareça seus laços com o governo chinês. A Zoom ainda não respondeu, mas prometeu não permitir que pedidos de autoridades chinesas afetem alguém fora da China continental daqui para frente. Para garantir que seja fiel à sua palavra, agora está desenvolvendo uma tecnologia que permitirá bloquear usuários com base em sua localização.
Fonte: Engadget