Um investidor da Zoom entrou com uma ação coletiva contra a empresa de videoconferência, acusando-a de falsificar detalhes sobre sua criptografia, ocultando falhas de segurança e divulgando informações pessoais ao Facebook.
A Bloomberg relata que o investidor Michael Drieu acusou a Zoom de ocultar a verdade sobre a segurança de sua plataforma. O preço das ações da Zoom disparou no mês passado, quando investidores viram pessoas migrando para a plataforma para trabalhar remotamente em meio ao surto de COVID-19.
Preço das ações do céu ao inferno
As ações da Zoom valiam apenas US$ 68 no dia 1º de janeiro, mas atingiram o recorde de US$ 159 no dia 23 de março. No entanto, foram reduzidas para US $ 113 na terça-feira, com a empresa recebendo críticas sobre privacidade, segurança e o aumento do ‘zoombombing’, onde trolls sequestram on-line salas de aula e reuniões de trabalho.
Devido a essas preocupações de segurança, nas últimas semanas várias organizações importantes proibiram os funcionários de usar o Zoom, incluindo o Space X de Elon Musk e o Departamento de Educação da cidade de Nova York, que instruiu os professores a usar o Microsoft Teams.
Outra alternativa indicada é o Jitsi, que pode ser instalado no Linux e também funciona diretamente no navegador e possui extensões para o Chrome.
E na terça-feira, Taiwan, que possui divergências com a China, ordenou que todas as agências governamentais não usassem o Zoom , aconselhando-as a usar os serviços de videoconferência do Google e da Microsoft. A ação se deu após divulgação do Citizen Lab acusando o Zoom de enviar chaves de criptografia para servidores na China. A equipe do app Zoom se desculpou e parou de fazer isso.
No entanto, como observa a Bloomberg, as ações da Zoom subiram 67% este ano, à medida que os investidores obtêm lucros devido ao enorme crescimento no número de usuários.
Na segunda-feira, Brad Zelnick, analista do Credit Suisse, rebaixou as ações do Zoom de neutro para baixo desempenho, mas elevou sua meta de preço de U$ 95 para US$ 105. Ele disse que o serviço de colaboração e videoconferência do Microsoft Teams “continua sendo a ameaça competitiva mais significativa” para o Zoom.
Zoom cresce rapidamente mesmo processada por falhas de segurança
O Zoom viu o número diário de usuários crescer de 10 milhões em dezembro para 200 milhões em março. No entanto, a empresa anunciou na semana passada que estava suspendendo o desenvolvimento de novos recursos por 90 dias. Ela trabalha para solucionar problemas de segurança e privacidade.
Nas últimas duas semanas, os pesquisadores encontraram problemas de segurança que afetam o cliente Zoom Windows e falhas no instalador do macOS para o Zoom. Ambos foram rapidamente corrigidos pela empresa. Entretanto, outros problemas também mancharam sua imagem. Assim, a Microsoft teve a oportunidade de se gabar de seu histórico superior em privacidade e segurança.
A empresa também foi forçada a atualizar seu aplicativo iOS. Ela estava enviando dados do dispositivo iPhone, incluindo endereços IP do usuário, para o Facebook.
Além de tudo isso, a empresa Zoom foi criticada por enganar os consumidores. Ela dizia que sua plataforma de videoconferência usava criptografia de ponta a ponta quando não o fazia.
Fonte: ZDNet