Mundo da Virtualização

Hyper-V no Linux 6.15 ganha duas novas funcionalidades da Microsoft

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O cenário da virtualização em Linux acaba de ganhar um impulso significativo com a chegada do kernel 6.15. A Microsoft, atenta à crescente adoção do Linux em seus ambientes, implementou duas funcionalidades cruciais para o Hyper-V, elevando o nível de integração e flexibilidade para os usuários.

A primeira dessas novidades representa um marco importante: o Linux agora pode operar como a partição raiz no Hypervisor da Microsoft (Hyper-V). Essa capacidade, materializada através da exposição do dispositivo /dev/mshv, abre um leque de possibilidades para arquiteturas de virtualização mais robustas e eficientes. Para quem acompanha a evolução dessa integração, essa funcionalidade é resultado de um esforço contínuo da Microsoft, como evidenciado em discussões anteriores sobre o suporte Dom0 do Hyper-V para Linux.

A segunda adição de peso é o suporte nativo para desligamento de núcleos de CPU dentro de máquinas virtuais Hyper-V executando Linux. Essa funcionalidade, que pode parecer básica para alguns, era uma limitação notável até então. A impossibilidade de desativar dinamicamente núcleos de CPU era um entrave para a otimização de recursos e o gerenciamento de energia. Com a versão 6.15, o driver Hyper-V agora lida de forma inteligente com os canais VMBUS, permitindo o desligamento seguro e eficiente de núcleos quando necessário.

Essas adições, juntamente com outras correções e melhorias menores detalhadas no pull request, consolidam o compromisso da Microsoft em tornar o Hyper-V uma plataforma de virtualização de primeira classe para ambientes Linux.

Emanuel Negromonte Autor
Autor
Jornalista especialista em Linux a mais de 20 anos. Fundador do SempreUpdate e entusiasta do software livre.