A ESET, empresa especializada em segurança cibernética, alertou os usuários do Windows 10 para a necessidade urgente de atualizar para o Windows 11 ou migrar para Linux antes de outubro de 2025. A data marca o fim do suporte gratuito ao Windows 10, o que significará a falta de atualizações de segurança essenciais.
Usuários do Windows 10 enfrentam riscos de segurança após outubro de 2025
Thorsten Urbanski, especialista da ESET, enfatiza que o tempo está se esgotando. “Estamos perto do fim do dia, e a transição deve acontecer agora”, afirmou. A recomendação é clara: quem não atualizar seus dispositivos estará vulnerável a ataques cibernéticos, perda de dados e outras ameaças.
A partir de outubro de 2025, o Windows 10 deixará de receber as atualizações de segurança regulares. Caso os usuários decidam continuar com o sistema operacional, terão que pagar por atualizações de segurança estendidas, o que pode resultar em altos custos, especialmente para empresas.
Impacto global
Atualmente, aproximadamente 32 milhões de computadores na Alemanha operam com o Windows 10, representando 65% do total de dispositivos domésticos. Em contraste, apenas 33% dos dispositivos estão rodando o Windows 11, de acordo com os dados fornecidos pela ESET. Esses números se refletem também em um panorama global, onde 63% dos usuários de Windows ainda utilizam o Windows 10, enquanto 34% já migraram para o Windows 11.
A transição do Windows 10 é mais arriscada do que a do Windows 7
A mudança do Windows 7 para o Windows 10 foi um processo mais rápido, já que cerca de 70% dos usuários migraram antes do fim do suporte ao Windows 7 em 2020. No entanto, o cenário atual é mais perigoso. Urbanski alerta que, no caso do Windows 10, mais de 60% dos usuários ainda estão no sistema antigo, o que cria um ambiente perfeito para os cibercriminosos explorarem vulnerabilidades.
Desafios para a atualização
A migração para o Windows 11 tem sido um desafio para muitos, devido a limitações de hardware, como o requisito do TPM (Trusted Platform Module). Muitos dispositivos mais antigos, que ainda funcionam bem com o Windows 10, não possuem o TPM necessário, o que impede a atualização.
A Microsoft defende o TPM como uma medida de segurança imprescindível, já que ele ajuda a proteger credenciais e criptografias, além de ser um componente vital para recursos como o Windows Hello e o Secure Boot.
Alternativas e custos
Para os usuários que não podem atualizar seus dispositivos, a Microsoft oferece a opção de atualizações de segurança estendidas (ESU). No entanto, essa alternativa tem um custo elevado. Empresas podem pagar até US$ 427 (aproximadamente R$ 2.644) por três anos de atualizações, enquanto os consumidores podem adquirir atualizações por US$ 30 (cerca de R$ 186) por ano, o que pode ser uma opção cara para quem tem múltiplos dispositivos.
Com o fim do suporte ao Windows 10 se aproximando, a mudança para o Windows 11 ou outras alternativas como o Linux é cada vez mais urgente para garantir a segurança dos usuários.