Nesta semana, a Nasa realizou uma de suas maiores missões espaciais com a chegada do rover Perseverance a Marte. A Perseverance possui, assim , todo recurso necessário para percorrer o planeta vermelho por muito tempo. A chave do processo de descoberta será o drone Ingenuity que acompanha o rover. Um de seus engenheiros revelou que o responsável por fazê-lo funcionar é o sistema operacional Linux. Então, este 2021 seria o ano do Linux só que em Marte. Até porque não há outro sistema operacional em uso por lá.
Um projeto de código aberto da NASA
A NASA explicou alguns detalhes do Ingenuity. Ele pesa apenas 1,8 kg, pode operar em temperaturas extremamente baixas e fazer voos de 90 segundos de forma autônoma por 30 dias. O controle da Terra é impossível, pois ele se comunica com a Terra com uma latência de 10 minutos.
Quando questionado sobre o hardware, Tim Canham, chefe de operação da Ingenuity, respondeu que o processador que controla tudo é um Snapdragon 801, um chip Qualcomm que foi aclamado em 2014 em smartphones como o LG G3, o Galaxy S5 ou o HTC One M8. Com ele, é possível tirar fotos com um sensor de 13 megapixels, semelhante ao que esses smartphones carregam, e depois analisá-las a 30 Hz.
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2021 é o ano do Linux…em Marte
Como curiosidade, Canham destaca que, em termos de software, o protagonista é um sistema operacional baseado em Linux, com um framework open source desenvolvido pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA (laboratório responsável pelo aparelho) denominado F ‘ (“fprime”), que a agência governamental publicou anos atrás.
Nesse sentido, Canham lembra que qualquer pessoa pode usar pessoalmente o software no que bem entender. Ele afirma com orgulho que este caso é “uma espécie de vitória do código aberto, porque estamos voando com um sistema operacional de código aberto e em uma estrutura de voo de código aberto e peças comerciais que você pode comprar na prateleira se quiser fazer sozinho um dia. Isso é algo novo para o Laboratório de Propulsão a Jato porque eles tendem a gostar do que é muito seguro e testado.”
Mais informações em Espectro IEEE.
