ProtonMail fornece IP e leva ativista francês para prisão

Claylson Martins
Por Claylson Martins
Imagem: ProtonMail.

Deveria ser um serviço com foco na privacidade e garantia de anonimato. Porém, o ProtonMail cedeu a uma odem judicial, fornece IP e leva ativista francês para prisão. A notícia repercutiu muito mal sobre o serviço de e-mails e mostra, portanto, que nada é 100% privado na internet. Além disso, não deixa de ser surpreendente pois o ProtonMail , é um serviço que criptografa e-mails a ponto de ser bloqueado na Rússia.

No outro extremo, nenhuma surpresa em relação ao WhatsApp, que permite informações confidenciais serem acessadas por outros serviços como o Facebook, segundo lemos no 9to5Mac. Segundo a publicação, um relatório de uma fonte confiável garante que não é possível criptografar mensagens de ponta a ponta, já que o Facebook é de alguma forma capaz de ver seu conteúdo. O relatório menciona a análise de metadados, um método que a famosa empresa de redes sociais é conhecida por usar para detectar mensagens problemáticas sem conhecer o conteúdo, mas também significa que os moderadores e engenheiros podem “examinar as mensagens, imagens e vídeos dos usuários”.

ProtonMail fornece IP e leva ativista francês para prisão

ProtonMail fornece IP e leva ativista francês para prisão
Imagem: REUTERS/Thomas White

O relatório sobre o WhatsApp e sua falsa criptografia de ponta a ponta diz que os moderadores trabalham em condições de sigilo extremo. Assim, é possível imaginar o Facebook usar Inteligência Artificial para analisar muito mais. Portanto, Facebook, Instagram e WhatsApp provavelmente trabalham em conjunto para mostrar publicidade personalizada.

A outra notícia é um pouco mais surpreendente, mas só um pouco se considerarmos como os eventos aconteceram. De acordo com o Tech Crunch, um ativista francês do Protonmail estava usando para se comunicar com outras pessoas. A polícia francesa nada poderia fazer para acessar a qualquer informação sobre estas mensagens, mas a Europol fez com que as autoridades suíças, onde o serviço está hospedado e cujas leis deve cumprir, lhes pedissem todas as informações que pudessem fornecer. A única coisa que eles fizeram sob uma ordem judicial foi dar à polícia francesa o IP do ativista; o conteúdo dos e-mails permanece desconhecido.

No entanto, o IP abriu uma nova avenida de investigação e no final eles o encontraram. Há uma grande diferença entre as duas formas de agir: com o WhatsApp já sabemos que temos privacidade zero; com o ProtonMail, pelo menos o que enviarmos só será visto por nós e pelo destinatário, mas nenhum serviço está isento de cumprir as leis do país onde opera, e temos que estar cientes disso.

Via Linux Adictos

Share This Article
Follow:
Jornalista com pós graduações em Economia, Jornalismo Digital e Radiodifusão. Nas horas não muito vagas, professor, fotógrafo, apaixonado por rádio e natureza.