Vários usuários expressaram preocupações neste domingo a respeito do Bitwarden, um popular gerenciador de senhas, estar se distanciando do código aberto. O Bitwarden opera com um modelo freemium, oferecendo um cofre criptografado para armazenamento de senhas e suporte a múltiplas plataformas. Embora uma parte do código seja disponibilizada como open-source, novas mudanças levantam questionamentos sobre a continuidade desse compromisso.
Recentemente, um pull request para o cliente do Bitwarden chamou a atenção da comunidade. Esse pedido de alteração introduz uma dependência chamada “bitwarden/sdk-internal” para a construção do cliente desktop. No entanto, o problema surge com uma cláusula na declaração de licença:
“Você não pode usar este SDK para desenvolver aplicações para uso com software que não seja o Bitwarden (incluindo implementações não compatíveis com o Bitwarden) ou para desenvolver outro SDK.”
Essa limitação foi levantada em um problema no GitHub, onde usuários destacaram que o cliente do Bitwarden pode não ser mais considerado um software livre de fato. A cláusula levantou preocupações de que o SDK não está legalmente disponível para uso fora do ecossistema Bitwarden.
O fundador e CTO do Bitwarden, Kyle Spearrin, respondeu às preocupações afirmando que a equipe está ciente da situação e que seu objetivo é manter a compatibilidade com a GPL (Licença Pública Geral):
- O SDK e o cliente são programas separados.
- O código para cada programa está em repositórios distintos.
- A comunicação entre os programas via protocolos padrões não significa que eles sejam um só para fins da GPLv3.
Ele ainda esclareceu que o problema enfrentado ao compilar o aplicativo é um “bug” que será resolvido. Após essa declaração, o ticket foi bloqueado e limitado a colaboradores.
A comunidade continua aguardando as próximas atualizações para saber se o Bitwarden manterá sua transparência e compromisso com o open-source.
Atualização: Bitwarden publicou em sua conta oficial do X (antigo Twitter) que o problema é um “bug de empacotamento” e reafirmou o compromisso com o modelo de licenciamento de código aberto.