Após o anúncio em agosto de que o recurso de inteligência artificial (IA) Windows Recall seria liberado em outubro para PCs Copilot+, a Microsoft adiou mais uma vez o lançamento, agora previsto para dezembro. A empresa havia planejado inicialmente a liberação da função em pré-visualização pública em junho, junto com o lançamento dos novos dispositivos com Copilot+ e IA integrada.
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Esse adiamento foi noticiado pelo The Verge, que destacou o feedback recebido pela Microsoft, indicando uma forte demanda dos clientes por proteções de segurança e privacidade mais robustas como padrão. “Estamos comprometidos em oferecer uma experiência segura e confiável com o Recall. Recentemente, compartilhamos atualizações sobre a arquitetura de segurança e privacidade do recurso no Windows Blog,” afirmou Brandon LeBlanc, gerente sênior de produto da Windows, em declaração ao BleepingComputer. Ele acrescentou: “Para garantir que essas atualizações importantes estejam prontas, estamos dedicando mais tempo para aperfeiçoar a experiência antes de disponibilizá-la para os Windows Insiders em PCs Copilot+.”
Como funciona o Windows Recall e preocupações com privacidade
O Windows Recall, apresentado em maio, é uma funcionalidade de IA que captura imagens das janelas ativas a cada poucos segundos. Essas imagens são analisadas no dispositivo por um modelo de IA com processamento em uma Unidade de Processamento Neural (NPU) e, em seguida, armazenadas em um banco de dados SQLite. O objetivo é que usuários do Windows 11 possam buscar informações nas capturas por meio de linguagem natural, permitindo que o Recall recupere capturas relevantes com comandos simples.
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Contudo, desde o anúncio, o recurso gerou preocupações de privacidade entre clientes, especialistas em cibersegurança e defensores da privacidade, que alertam sobre possíveis riscos, já que ameaças virtuais poderiam explorar o Recall para roubar dados dos usuários.
Medidas de segurança: controle do usuário e proteção contra malware
Para mitigar os riscos e responder ao feedback negativo, a Microsoft informou que a ativação do Recall será opcional e que os usuários precisarão confirmar sua presença diante do computador via Windows Hello para utilizar o recurso. Segundo David Weston, vice-presidente de Segurança para Empresas e Sistemas Operacionais da Microsoft, o recurso também poderá ser removido, oferece filtros automáticos para conteúdos sensíveis e permite que os usuários excluam aplicativos específicos, sites ou sessões de navegação privada da coleta de dados.
Além disso, o Recall contará com medidas de proteção contra malware, incluindo recursos anti-hammering e de limitação de taxa, que reduzem as chances de abuso do recurso por softwares maliciosos. Com essas atualizações de segurança e privacidade, a Microsoft espera que o Recall ofereça maior tranquilidade para os usuários, atendendo aos padrões de segurança exigidos no atual cenário digital.
