Microsoft lançou a atualização do seu sistema operacional Azure Linux, versão 3.0.20241101, parte da evolução da linha 3.0 iniciada em agosto. Esse lançamento reforça o compromisso com a criação de uma plataforma Linux universal, ideal para ambientes de nuvem, dispositivos de borda e serviços variados da Microsoft. A atualização está disponível para as arquiteturas aarch64 e x86_64, e seu tamanho de imagem é de 751 MB. O projeto é licenciado sob MIT, refletindo o compromisso com o código aberto.
Principais novidades do Azure Linux 3.0.20241101
- Suporte a ARM e melhorias para CPUs Intel: Agora com a especificação FF-A para dispositivos ARM e o módulo intel_ifs para processadores Intel, que permite diagnósticos avançados de CPU, Azure Linux aumenta a confiabilidade em diagnósticos que vão além de testes básicos de ECC.
- Compatibilidade com dispositivos AMD: A configuração CONFIG_X86_AMD_PLATFORM_DEVICE foi ativada, o que permite que dispositivos específicos da AMD, como I2C, UART e GPIO, sejam identificados como dispositivos padrão de plataforma.
- Segurança e desempenho com iptables e nftables: Com iptables sendo traduzido para nftables, o sistema ganha em segurança e flexibilidade, facilitando a adaptação de regras de firewall sem comprometer o desempenho.
- Versões atualizadas de pacotes essenciais: Entre as atualizações, estão Linux Kernel 6.6.57, Go 1.23, vim 9.1.0791, php 8.3.12, e outras melhorias importantes em pacotes como libpcap, OpenIPMI e MySQL. Essas atualizações corrigem falhas de segurança críticas e garantem maior estabilidade e compatibilidade.
Plataforma otimizada para a nuvem e edge
Azure Linux foi desenvolvido para oferecer um conjunto básico de pacotes que serve como uma fundação robusta e universal para criação de containers, ambientes de hospedagem e serviços em nuvem. Esse conjunto enxuto permite que desenvolvedores adicionem apenas os pacotes necessários para expandir as funcionalidades do sistema, facilitando a manutenção e a aplicação de atualizações.
Além disso, Azure Linux é a base do mini-distro WSLg, um sistema voltado para rodar aplicações gráficas Linux dentro do Windows Subsystem for Linux 2 (WSL2). A WSLg inclui pacotes adicionais como o servidor de composição Weston, XWayland, PulseAudio e FreeRDP, essenciais para execução de aplicações com interface gráfica.
Segurança como prioridade
A atualização incorpora uma série de aprimoramentos de segurança:
- Mecanismo seccomp para controle de chamadas de sistema.
- Criptografia de discos e verificação de assinatura digital dos pacotes.
- Endurecimento da segurança da memória, bloqueando a execução de código em regiões não autorizadas e ativando proteções contra ataques de overflow.
- Opção para desativar o carregamento de módulos de kernel após a inicialização.
Essas práticas reforçam a segurança em ambientes críticos e garantem uma abordagem de segurança robusta para o Azure Linux.
Sistema de gerenciamento de pacotes e suporte a atualizações contínuas
Azure Linux oferece duas abordagens de atualização: pela atualização de pacotes individuais ou pela reconstrução do sistema completo através do rpm-ostree, o que permite que as atualizações sejam aplicadas de forma atômica, evitando interrupções no sistema. O repositório oficial oferece cerca de 3.000 pacotes prontos, que podem ser usados para configurar o sistema conforme as necessidades específicas dos usuários.
Instalação e gerenciamento
Para instalar o Azure Linux, o sistema conta com um instalador funcional em modos texto e gráfico, que permite opções de configuração personalizadas, como seleção de pacotes, definição de nome do host e criação de usuários. O gerenciamento do sistema é feito via systemd e inclui os gerenciadores de pacotes RPM e DNF, sendo o SSH desativado por padrão.
Com essa atualização, Azure Linux se consolida como uma opção confiável e segura para ambientes de nuvem e dispositivos de borda. Se você está em busca de uma base Linux robusta para a sua infraestrutura, explore o novo Azure Linux 3.0.20241101 e descubra suas melhorias. Para mais informações sobre a atualização, acesse o GitHub do projeto.