A Samsung é amplamente conhecida por incluir diversos aplicativos pré-instalados em seus dispositivos Galaxy, incluindo apps próprios, do Google, Meta e Microsoft. No entanto, mudanças propostas pelo Google, como parte de um caso antitruste nos Estados Unidos, podem alterar essa prática, oferecendo mais flexibilidade para fabricantes como a Samsung.
Samsung poderá reduzir aplicativos Google pré-instalados
Google propõe ajustes em práticas de OEMs Android
O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) apresentou uma série de propostas em um caso antitruste contra o Google, alegando monopólio no mercado de buscas na internet. Entre as sugestões, está a separação de produtos como o Android e o Chrome. Em resposta, o Google ofereceu contrapartidas, incluindo a possibilidade de fabricantes de dispositivos Android escolherem quais aplicativos Google pré-instalar sem a obrigatoriedade de incluir o Google Chrome ou o Google Search.
Caso isso avance, a Samsung poderá, por exemplo, pré-carregar o Google Maps, YouTube e Google Search, enquanto deixa de incluir Google Drive ou YouTube Music. Isso abriria espaço para alternativas como o Microsoft OneDrive, Spotify ou aplicativos próprios da Samsung, como o SmartThings.
Mudanças para navegadores e mecanismos de busca
Outra proposta do Google é oferecer mais liberdade para empresas de navegadores, como Apple, Mozilla e Opera, decidirem qual mecanismo de busca padrão utilizar. Além disso, o Google sugere que o mecanismo de busca padrão possa ser alterado anualmente, promovendo maior flexibilidade entre dispositivos e navegadores.
Essa proposta permitiria, por exemplo, que a Apple utilizasse mecanismos de busca diferentes no iPhone e no iPad. No entanto, o Google ainda deseja manter a possibilidade de pagar para ser o mecanismo de busca padrão em navegadores.
Impacto para a Samsung e próximos passos
Se o DOJ aceitar as sugestões do Google, fabricantes como a Samsung terão mais autonomia na escolha de aplicativos pré-instalados, podendo reduzir a quantidade de apps Google em seus dispositivos Galaxy. Isso impactaria a experiência inicial dos usuários, oferecendo maior personalização de acordo com as preferências do fabricante.
Enquanto o DOJ propõe que as mudanças tenham validade mínima de dez anos, o Google defende que as medidas sejam aplicadas por apenas três anos, argumentando que o ritmo da inovação tecnológica exige mais flexibilidade.
O desfecho do caso ainda é incerto e será decidido após a audiência marcada para abril de 2025. O veredito final deve ser anunciado até setembro de 2025, quando saberemos se a Samsung poderá adotar essas mudanças em seus futuros lançamentos.