As principais vulnerabilidades em navegadores móveis e como se proteger

Por
Emanuel Negromonte
Fundador do SempreUPdate. Acredita no poder do trabalho colaborativo, no GNU/Linux, Software livre e código aberto. É possível tornar tudo mais simples quando trabalhamos juntos, e...

Os navegadores móveis são ferramentas essenciais para acessar conteúdos na internet, mas também podem ser alvos fáceis para ataques cibernéticos. No segundo semestre de 2024, a ESET analisou vulnerabilidades críticas exploradas nos principais navegadores móveis, como Google Chrome, Safari e Firefox, destacando como cibercriminosos podem usar falhas para roubo de dados e ataques remotos.

O impacto das vulnerabilidades nos principais navegadores móveis

De acordo com a pesquisa da GS.statcounter, o Google Chrome domina o mercado de navegadores móveis, com 65,75% de participação, seguido pelo Safari com 21,47% e Samsung Internet com 3,54%. A ausência de registros recentes de vulnerabilidades em navegadores como Samsung Internet e Opera Web não significa que estejam isentos de riscos, pois a segurança também depende da atualização frequente dos aplicativos.

Entre os problemas identificados, falhas no preenchimento automático do Chrome permitem a exploração de ataques locais e remotos. Já no Safari, vulnerabilidades na manipulação de memória podem levar à execução arbitrária de código. O Firefox apresentou falhas que facilitam ataques de clickjacking e execução de códigos maliciosos.

Principais vulnerabilidades exploradas

Google Chrome:

  1. CVE-2024-9956 – Falha no WebAuthentication permitindo escalonamento de privilégios em versões desatualizadas do Android.
  2. CVE-2024-8907 – Validação insuficiente na Omnibox possibilita injeção de scripts maliciosos.
  3. CVE-2024-8639 – Falha no preenchimento automático que permite manipulação remota de páginas HTML.
  4. CVE-2024-8637 – Problema no Media Router do Chrome possibilita ataques via Chromecast.
  5. CVE-2024-8034 – Exploração de abas personalizadas para geração massiva de páginas HTML maliciosas.

Safari:

  1. CVE-2024-54534 – Aplicativos maliciosos podem acessar informações privadas em dispositivos Apple desatualizados.
  2. CVE-2024-54508 – Falha na memória expõe dados sensíveis e pode alterar tráfego de rede.
  3. CVE-2024-54505 – Manipulação de memória permite escalonamento de privilégios.
  4. CVE-2024-44309 – Execução arbitrária de código ao processar conteúdo web.
  5. CVE-2024-44259 – Navegação privada exposta a abusos de confiança, permitindo downloads de conteúdo malicioso.

Firefox:

  1. CVE-2024-9680 – Exploração de animação de linha do tempo pode permitir execução remota de código.
  2. CVE-2024-9936 – Manipulação inadequada da memória cache compromete o funcionamento do navegador.
  3. CVE-2024-9397 – Falha na interface de usuário facilita ataques de clickjacking.
  4. CVE-2024-9403 – Segurança de memória comprometida pode levar à execução arbitrária de código.
  5. CVE-2024-9400 – Corrupção de memória explorável durante processos de gerenciamento de memória.

Como se proteger contra essas vulnerabilidades?

Diante desses riscos, manter o navegador sempre atualizado é essencial. Além disso, algumas boas práticas podem ajudar a evitar ataques:

  • Evitar instalar aplicativos e extensões de fontes desconhecidas.
  • Ativar a navegação segura para impedir o carregamento de sites maliciosos.
  • Desativar o preenchimento automático de senhas e dados sensíveis.
  • Utilizar autenticação de dois fatores para proteger contas online.
  • Verificar se o navegador possui patches de segurança recentes.

Manter-se informado e adotar medidas de segurança pode reduzir significativamente o risco de exposição a ataques. A cibersegurança começa com boas práticas e a conscientização dos usuários sobre os perigos associados ao uso de navegadores desatualizados.

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