Windows 11 perde usuários enquanto Windows 10 ganha força na reta final do suporte

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Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

Windows 11 perde usuários enquanto Windows 10 cresce

A participação de mercado do Windows 11, sistema mais recente da Microsoft, está em queda. Enquanto isso, o Windows 10 – mesmo com o fim do suporte se aproximando – continua crescendo. Esse cenário inesperado revela o receio de migração dos usuários e expõe os obstáculos técnicos e de usabilidade que ainda cercam o Windows 11.

Windows 11 perde usuários enquanto Windows 10 ganha força na reta final do suporte

Microsoft Windows

Windows 11 perde espaço: números revelam tendência de desaceleração

A palavra-chave de foco Windows 11 aparece já nos relatórios de mercado recentes que apontam para uma leve, porém significativa queda em sua participação: de 43,72% para 43,22% em apenas um mês. Já o Windows 10 subiu discretamente de 52,94% para 53,19%, segundo dados do Statcounter.

Essa inversão de expectativa evidencia um fenômeno curioso: mesmo com o fim do suporte oficial ao Windows 10 programado para outubro de 2025, usuários ainda resistem à migração para o sistema mais recente. A tendência desafia os esforços da Microsoft para acelerar a adoção do Windows 11, que desde o seu lançamento em 2021 enfrenta barreiras técnicas e culturais.

Requisitos de sistema do Windows 11 continuam sendo um entrave

Um dos maiores impeditivos da adoção do Windows 11 são os seus requisitos de hardware mais rígidos. O sistema exige suporte ao TPM 2.0 (Trusted Platform Module) e CPUs relativamente recentes, o que automaticamente exclui uma grande quantidade de máquinas ainda funcionais. Essa limitação não apenas frustra consumidores como também afeta empresas que utilizam parques tecnológicos mais antigos.

Enquanto isso, o Windows 10 permanece funcional em uma variedade muito mais ampla de dispositivos, mantendo sua popularidade especialmente em ambientes corporativos, educacionais e entre usuários que priorizam estabilidade.

Experiência do usuário e resistência à mudança

Além dos desafios de hardware, há também o fator psicológico. O Windows 11 apresenta mudanças profundas na interface gráfica e na experiência do usuário, o que acarreta uma curva de aprendizado que muitos preferem evitar. Essa mesma resistência já foi observada anteriormente, como na transição do Windows 7 para o Windows 10.

Elementos como a centralização do menu iniciar, a remoção de recursos clássicos e a reorganização das configurações afastam os usuários mais conservadores ou acostumados ao layout tradicional. A usabilidade, nesse caso, torna-se um fator tão decisivo quanto a compatibilidade técnica.

Fim do suporte ao Windows 10: uma bomba-relógio?

O suporte oficial ao Windows 10 termina em 14 de outubro de 2025, conforme anunciado pela própria Microsoft. Após essa data, o sistema não receberá mais atualizações de segurança, o que representa um grande risco para usuários domésticos e corporativos. Mesmo assim, o crescimento recente da base instalada indica que muitos ainda estão relutantes em migrar.

É possível que, tal como ocorreu com o Windows 7, a Microsoft enfrente novamente a necessidade de oferecer extensões pagas de suporte para clientes empresariais que não conseguirem concluir a transição a tempo.

Análise: o que esperar até outubro de 2025?

A queda na adoção do Windows 11 em um momento tão crítico indica que a Microsoft ainda tem muito trabalho pela frente. A empresa deve intensificar campanhas de conscientização, otimizar os requisitos técnicos e talvez até reavaliar suas decisões de design e usabilidade.

Do lado dos usuários, a decisão de migrar será motivada por uma mistura de necessidade, capacidade de investimento e adaptação à nova interface. Se a Microsoft não apresentar soluções mais inclusivas ou flexíveis, corre o risco de repetir o histórico do Windows 7, onde milhões de usuários permaneceram em um sistema obsoleto por anos.

Conclusão

A migração em massa para o Windows 11 está longe de ser uma realidade. Com o fim do suporte ao Windows 10 se aproximando, o desafio da Microsoft é duplo: convencer os usuários sobre os benefícios do novo sistema e garantir que a transição seja tecnicamente viável para a maioria. O tempo está correndo, e o futuro da base instalada do Windows dependerá das ações nos próximos meses.

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