Em um mercado saturado por smartphones com design similar e interfaces completamente voltadas para o toque, o Unihertz Titan 2 surge como um refresco nostálgico e ousado. A fabricante chinesa, conhecida por apostar em nichos esquecidos da telefonia móvel, apresenta um dispositivo que ressuscita o teclado físico QWERTY, elemento quase extinto nos tempos atuais, mas que ainda encontra espaço no coração (e nas mãos) de muitos usuários.
Unihertz Titan 2 resgata o teclado físico QWERTY em um mundo dominado por telas sensíveis
Além do teclado, o Titan 2 aposta em uma tela principal quadrada de 4,5 polegadas, adicionando outra camada de personalidade ao seu design. O objetivo deste artigo é analisar em profundidade o novo modelo da Unihertz, destacando suas especificações, vantagens e desafios, além de contextualizar sua proposta no legado de marcas como a BlackBerry, referência máxima quando falamos em teclados físicos para produtividade móvel.
O retorno desse tipo de dispositivo em 2025 é, no mínimo, intrigante. Com o avanço da digitação por voz e dos teclados virtuais inteligentes, vale mesmo investir em hardware físico para digitação? O Titan 2 acredita que sim — e tem bons argumentos para isso.

O retorno triunfal do teclado QWERTY físico
O principal diferencial do Unihertz Titan 2 é, sem dúvida, o teclado QWERTY físico completo, posicionado logo abaixo da tela. Inspirado nos designs consagrados da BlackBerry, o teclado oferece resposta tátil precisa, retroiluminação inteligente e atalhos configuráveis que aumentam a produtividade. Usuários veteranos rapidamente reconhecerão a familiaridade da digitação, enquanto os novatos poderão experimentar uma forma de interagir com o smartphone que prioriza a precisão e o toque físico.
Mais do que um adorno retrô, o teclado do Titan 2 é funcional e adaptado ao Android 15, permitindo navegação entre menus, rolagem por textos e até lançamentos rápidos de aplicativos, tudo sem tocar na tela. Em tempos de telas escorregadias e erros de digitação comuns, essa volta ao básico pode representar um ganho real de eficiência para muitos usuários.
A tela quadrada: nostalgia ou funcionalidade?
Outro ponto que chama atenção no design do Unihertz Titan 2 é sua tela principal de 4,5 polegadas com proporção 1:1, ou seja, quadrada. Esse formato, herdado do BlackBerry Passport, não é ideal para multimídia em tela cheia, mas brilha em leitura de textos, edição de documentos, e-mails e planilhas, onde a largura extra favorece o conteúdo lateral.
Além da tela principal, o Titan 2 conta com uma segunda tela de 2 polegadas na parte traseira, voltada para notificações rápidas e atalhos. Essa adição não é apenas estética: permite acesso rápido a funções sem ligar a tela principal, economizando bateria e aumentando a praticidade do uso diário.
Desempenho e especificações de ponta
Apesar de seu visual retrô, o Unihertz Titan 2 é um dispositivo moderno por dentro. Ele vem equipado com o processador MediaTek Dimensity 7300, um chipset eficiente de 4nm que entrega ótimo equilíbrio entre desempenho e consumo de energia. Acompanhado de 12 GB de RAM LPDDR4X e 256 GB de armazenamento UFS 3.1, o Titan 2 está pronto para multitarefa, uso corporativo e apps pesados.
O aparelho roda o Android 15, com atualizações garantidas e sem grandes modificações na interface. Isso garante boa compatibilidade com aplicativos modernos, algo essencial em um smartphone com proposta profissional.
Câmeras e bateria: um conjunto robusto
O conjunto fotográfico do Titan 2 também surpreende para um aparelho de nicho. Ele conta com uma câmera principal de 108 MP, com boa performance em ambientes bem iluminados, e uma teleobjetiva de 32 MP, ideal para capturas com zoom e retratos. Na parte frontal, uma câmera de 32 MP atende com folga às chamadas de vídeo e selfies profissionais.
A bateria de 5.050 mAh garante autonomia para até dois dias de uso moderado, com suporte a carregamento rápido de 66W via USB-C. Em conjunto com as otimizações do Android 15 e a tela com proporção 1:1, a autonomia é um dos pontos fortes do aparelho, especialmente para quem depende de mobilidade intensa.
Conectividade e compatibilidade global
O Unihertz Titan 2 foi pensado para ser utilizado em qualquer parte do mundo, com suporte completo a dual-SIM físico, redes 5G, Wi-Fi 6, Bluetooth 5.4 e NFC para pagamentos por aproximação.
Além disso, traz recursos raros como emissor de infravermelho (IR) para controle de eletrônicos e rádio FM, reforçando sua proposta de versatilidade. O modelo é compatível com grandes operadoras, incluindo AT&T, tornando-o ideal para quem viaja com frequência ou trabalha em ambientes corporativos internacionais.
Preço, disponibilidade e o legado Unihertz/BlackBerry
O Unihertz Titan 2 está sendo lançado inicialmente via Kickstarter, com preço promocional a partir de US$ 399 (cerca de R$ 2.160). A previsão de envio é para agosto de 2025, e a campanha já superou rapidamente a meta de financiamento, o que reforça a demanda existente por esse tipo de dispositivo.
Em relação ao Titan original, o novo modelo é mais leve, mais fino e traz melhorias significativas de hardware, conectividade e software. Já comparado ao BlackBerry Passport, que é claramente sua maior inspiração, o Titan 2 oferece um sistema operacional atualizado, hardware moderno e suporte a apps Android completos, enquanto mantém o espírito de produtividade e foco.
Conclusão: Quem o Unihertz Titan 2 busca atender?
O Unihertz Titan 2 é uma proposta corajosa que foge dos padrões atuais de smartphones. Ele não tenta competir com flagships como Galaxy S25 ou iPhone 17, mas sim atender um nicho de usuários que valorizam produtividade, digitação precisa e funcionalidades clássicas, como rádio FM e teclado físico.
Se você sente falta da experiência de usar um BlackBerry, ou busca um dispositivo que una o melhor do antigo e do moderno, o Titan 2 é uma aposta interessante. Seu lançamento também serve como lembrete de que a inovação pode, sim, vir do resgate do passado — e que há espaço para diversidade real no mundo dos smartphones.
E você? Ainda sente falta de um teclado físico no seu celular? Ou prefere seguir com as soluções totalmente touchscreen?