A possibilidade de um iPhone dobrável sempre despertou a imaginação de entusiastas da tecnologia e fãs da Apple ao redor do mundo. Agora, rumores recentes indicam que o tão aguardado dispositivo pode finalmente estar ganhando forma: de acordo com informações do site DigiTimes, o projeto teria entrado na fase de testes de protótipo, um passo fundamental no caminho rumo ao lançamento.
iPhone dobrável da Apple entra em fase de testes de protótipo: o que sabemos até agora
Neste artigo, vamos explorar em detalhes essa suposta nova etapa do desenvolvimento, o que ela significa dentro do processo industrial da Apple, quais especificações técnicas e design são esperados, o cronograma provável de lançamento e, sobretudo, o impacto que um iPhone dobrável poderá ter no competitivo mercado de smartphones dobráveis.
A Apple, conhecida por revolucionar segmentos com seus lançamentos, ainda não possui nenhum dispositivo dobrável no mercado — o que torna sua possível entrada nesse nicho ainda mais relevante. Com concorrentes como Samsung, Huawei e Motorola já bem posicionados, o modelo dobrável do iPhone carrega grandes expectativas e inúmeros desafios.

A suposta fase de testes de protótipo do iPhone dobrável
De acordo com o DigiTimes, a Apple teria iniciado os testes de protótipos para seu primeiro iPhone dobrável. Embora não haja confirmação oficial, a informação sugere que a empresa está avançando em seu cronograma de desenvolvimento interno e se aproximando da etapa conhecida como EVT (Engineering Validation Test).
Essa fase de protótipo representa uma transição crucial no ciclo de vida de um produto. É nela que os conceitos e designs testados em ambientes fechados ganham corpo físico, permitindo à Apple avaliar funcionalidade, durabilidade, eficiência energética e o comportamento do sistema sob diferentes condições de uso. Embora ainda esteja distante de uma versão comercial, esse passo indica que o projeto está sendo tratado com seriedade dentro da companhia.
O cronograma de lançamento esperado: iPhone 18 em 2026
Fontes ligadas à cadeia de suprimentos da Apple indicam que o possível lançamento do iPhone dobrável poderá acontecer apenas em 2026, alinhado com a apresentação da linha iPhone 18. A expectativa é que o anúncio ocorra durante o tradicional evento de setembro, mas analistas alertam que esse cronograma está sujeito a mudanças — especialmente considerando a complexidade técnica e os altos padrões de qualidade exigidos pela Apple.
Caso confirmado, o prazo de 2026 colocaria a empresa consideravelmente atrás dos concorrentes que já estão na terceira ou quarta geração de smartphones dobráveis. No entanto, isso também pode permitir à Apple lançar um produto mais maduro, confiável e refinado — estratégia já adotada em lançamentos anteriores como o Apple Watch e os AirPods.
Especificações e design: o que esperar do “iPhone Fold“
Embora a Apple mantenha seus projetos sob rígido sigilo, algumas informações vazadas revelam pistas sobre o que podemos esperar em termos de design e especificações do seu futuro dobrável.
Os rumores mais fortes apontam para um dispositivo com duas telas internas, semelhante ao Galaxy Z Fold da Samsung, mas com refinamentos característicos da Apple. Espera-se que o aparelho tenha entre 7 e 8 polegadas quando desdobrado, com painéis OLED fornecidos pela Samsung Display e LG Display.
Além disso, especula-se que a Apple planeje incluir câmera sob o display para preservar a estética frontal, bem como Touch ID embutido na lateral, similar ao encontrado em modelos de iPad.
Dobradiça “quase invisível” e chassi robusto
Um dos principais diferenciais técnicos esperados para o iPhone dobrável é o uso de uma dobradiça com vinco quase imperceptível, um dos maiores desafios enfrentados por fabricantes de smartphones dobráveis atualmente.
Segundo fontes da cadeia de suprimentos, a Apple estaria explorando o uso de metal líquido na construção da dobradiça, o que poderia oferecer maior resistência e menor desgaste mecânico. Já o chassi do dispositivo pode ser feito com liga de titânio, o que garantiria leveza e durabilidade — características essenciais para um aparelho que será constantemente dobrado e desdobrado.
O conjunto técnico reforça o posicionamento da Apple em oferecer um produto premium, com foco não apenas em inovação, mas também em confiabilidade e longevidade.
Preço e posicionamento no mercado premium
Como de costume, o modelo dobrável do iPhone não deverá ser barato. Estimativas de analistas sugerem que o preço inicial pode ultrapassar os US$ 1.500, o que o colocaria diretamente em competição com os dobráveis mais avançados da Samsung e Huawei.
Esse posicionamento reforça a estratégia da Apple de competir no segmento super premium, com foco em usuários que buscam o que há de mais avançado em design e tecnologia. Ao mesmo tempo, a empresa poderá usar o lançamento como forma de testar o apetite do público por novas categorias de dispositivos móveis.
O caso do iPad dobrável: um alerta para o iPhone Fold?
Um detalhe que chama a atenção é o recente rumor sobre a possível descontinuação do projeto de um iPad dobrável que vinha sendo considerado nos bastidores da Apple. De acordo com informações da mídia asiática, o projeto teria sido congelado devido a dificuldades de fabricação e baixa demanda prevista.
Isso levanta uma questão importante: será que o mesmo destino pode afetar o iPhone dobrável? Embora o smartphone tenha um apelo de mercado muito mais forte do que o tablet, os obstáculos técnicos enfrentados pela Apple com o iPad dobrável — especialmente relacionados a vincos na tela e à fragilidade da dobradiça — são desafios semelhantes aos que o iPhone enfrentará.
Portanto, é possível que a Apple esteja utilizando os aprendizados (e fracassos) do projeto de iPad dobrável para aperfeiçoar a abordagem no desenvolvimento do iPhone, tornando-o mais viável comercialmente.
O impacto de um iPhone dobrável no mercado de smartphones
A entrada da Apple no segmento de dobráveis tem potencial para redefinir o mercado, assim como ocorreu com o lançamento do primeiro iPhone em 2007. Ainda que outros fabricantes já tenham lançado dispositivos dobráveis, nenhum conseguiu transformar esse formato em um padrão dominante de consumo.
Com sua força de marca, capacidade de marketing e integração com o ecossistema iOS, a Apple pode atrair novos olhares para o formato dobrável e forçar os concorrentes a acelerar sua inovação.
Além disso, a movimentação da Apple pode levar desenvolvedores a adaptarem seus aplicativos para telas dobráveis, impulsionando melhorias na experiência do usuário nesse novo formato.
Desafios e expectativas para a Apple no segmento de dobráveis
Apesar do enorme potencial, a Apple enfrentará diversos obstáculos. O primeiro deles é tecnológico: criar uma tela dobrável durável, com excelente qualidade visual e sem vinco perceptível, ainda é um desafio em aberto.
O segundo é logístico e produtivo: o desenvolvimento de componentes sob medida, a cadeia de fornecimento e os altos custos de produção tornam o lançamento de um modelo dobrável mais complexo do que o de um iPhone tradicional.
Por fim, há o desafio de aceitação do consumidor. Muitos usuários ainda veem os dobráveis com desconfiança, especialmente devido a problemas de durabilidade e preço elevado. A Apple precisará convencer o público de que vale a pena migrar para essa nova forma de interação com o smartphone.
Conclusão: a revolução dobrável da Apple está chegando?
Embora a existência de um iPhone dobrável ainda não tenha sido confirmada oficialmente, os sinais indicam que a Apple está, de fato, se preparando para entrar nesse mercado nos próximos anos. A suposta entrada na fase de protótipo é um passo relevante, ainda que distante da produção em massa.
As expectativas são altas: espera-se um design robusto, com dobradiça quase invisível, desempenho de ponta e integração profunda ao ecossistema iOS. Porém, os desafios técnicos, produtivos e comerciais também são significativos.
Se a Apple conseguir superar esses obstáculos, pode mais uma vez redefinir os rumos do mercado de smartphones. Até lá, tudo o que podemos fazer é acompanhar os vazamentos, analisar as movimentações e aguardar com ceticismo curioso o que o futuro dobrável da Apple nos reserva.