Com uma estética inspirada em GTA 6, Voyager 13 é lançado com base no Debian 13 e um moderno GNOME 48

Escrito por
Emanuel Negromonte
Emanuel Negromonte é Jornalista, Mestre em Tecnologia da Informação e atualmente cursa a segunda graduação em Engenharia de Software. Com 14 anos de experiência escrevendo sobre...

Estética de GTA 6 com estabilidade Debian!

Para os amantes de um desktop Linux que seja tanto funcional quanto visualmente deslumbrante, a nova versão da distro francesa Voyager 13 Debian já está disponível. Baseada no sólido Debian 13 “Trixie, ela traz a confiabilidade de cinco anos de suporte de segurança e estabilidade, combinada com o frescor visual de um tema ousado — o Miami Beach, inspirado diretamente na estética vibrante do aguardado GTA 6. Além disso, abandona de vez o XFCE e aposta todas as fichas em um GNOME renovado: a versão GNOME 48, moderna, fluida e hoje muito mais flexível do que há dez anos.

De volta ao GNOME com estilo GTA 6

O Voyager tem uma trajetória peculiar. Durante uma década, o projeto se afastou do GNOME em favor do XFCE, por considerar o GNOME pesado, inflexível e carente de extensões. Agora, o pêndulo voltou. O desenvolvedor argumenta que o GNOME Shell está novamente ergonômico e adaptável, fruto de anos de refinamentos — e isso abriu caminho para um retorno completo, sem mais dualidade com o XFCE.

Esse reencontro com o GNOME não veio tímido. O tema Miami Beach é um show à parte: cores neon, contraste forte e referências claras ao universo cultural de Miami e do GTA. É como se o sistema convidasse o usuário a transformar o desktop em uma tela de videogame — vibrante, imersiva e nada monótona. Para quem prefere sobriedade, claro, ainda há opções de temas escuros e layouts mais discretos já pré-instalados.

Uma base sólida do Debian 13 com toques modernos

Por trás da estética ousada está um alicerce sólido: o Debian 13 “Trixie”. Essa escolha não é apenas técnica, mas também filosófica. Enquanto o Ubuntu, base de versões anteriores do Voyager, oferece software mais atualizado, o Debian privilegia a estabilidade de longo prazo. Para muitos usuários — especialmente os que buscam um sistema confiável para trabalho ou uso pessoal sem surpresas — essa é uma vantagem decisiva.

O Voyager 13 vem com o Kernel Linux 6.12 LTS, garantindo compatibilidade com hardwares recentes de Intel, AMD e Nvidia, e ao mesmo tempo oferecendo suporte estendido para os próximos anos. A combinação Debian + Kernel LTS é uma espécie de “seguro de estabilidade” para quem não quer se preocupar com atualizações arriscadas ou quebras inesperadas.

Além disso, o Debian 13 trouxe melhorias no instalador, com melhor suporte a firmware proprietário (como drivers de Wi-Fi e GPUs). Isso significa que até mesmo notebooks que antes exigiam malabarismos para funcionar no Linux agora podem ser configurados de forma muito mais simples.

A Voyager Box: central de controle em um só lugar

Um dos maiores diferenciais do Voyager sempre foi sua busca por oferecer uma experiência completa “pronta para uso”. No Voyager 13, essa filosofia se materializa de forma clara na Voyager Box: uma central unificada onde o usuário encontra opções de personalização, ferramentas de manutenção e ajustes avançados do sistema.

Quer ativar o modo noturno com um clique? Gerenciar múltiplos Conky para monitorar o sistema em tempo real? Configurar rapidamente Wine e jogos? Ou até mesmo acionar um recurso de backup? Tudo isso foi agrupado nesse painel único. Para o usuário final, significa menos tempo perdido caçando configurações espalhadas e mais praticidade no dia a dia.

Uma seleção cuidadosa de aplicativos

Mais do que oferecer apenas o básico, o Voyager sempre buscou curadoria — e o Voyager 13 não foge à regra. Entre os novos destaques estão o showtime, um player de vídeo minimalista; o shotcut, voltado para edição de vídeo; e o Foliate, excelente para leitura de ebooks. Esses apps se somam a uma suíte já robusta de ferramentas de escritório, multimídia e internet — incluindo Firefox e LibreOffice em suas versões mais recentes.

Essa curadoria reforça a ideia de que o Voyager não é apenas uma “roupagem bonita em cima do Debian”, mas sim uma interpretação estética e prática do que um desktop Linux pode ser para usuários modernos.

Voyager Linux: estética, estabilidade e imersão

O Voyager Linux sempre se destacou no ecossistema de distribuições por apostar em um design diferenciado e numa experiência mais imersiva. A chegada do Voyager 13 marca uma nova etapa nessa jornada: um desktop que une estabilidade do Debian, modernidade do GNOME 48, longevidade do Kernel LTS e uma personalidade visual única.

Não é uma distro feita para iniciantes absolutos — a própria equipe avisa que a instalação pode exigir algum cuidado. Mas para quem já conhece o mundo Linux e valoriza tanto a confiabilidade quanto a estética, o Voyager 13 se posiciona como uma opção difícil de ignorar.

Compartilhe este artigo