O Projeto FreeBSD anunciou a disponibilidade da segunda versão de testes para o seu próximo grande lançamento, o FreeBSD 15.0-ALPHA2 (lançado em 14 de setembro de 2025). Em bom português: é uma chamada aberta à comunidade para instalar, quebrar, reportar e ajudar a polir o sistema antes do 15.0 final. O ciclo é público e transparente — inclusive com cronograma oficial — e, como acontece nessa fase, as notas de lançamento ainda estão em construção.
O que há de novo no ALPHA2 do FreeBSD 15.0?
A lista de mudanças entre o ALPHA1 e o ALPHA2 é curta, mas importante. Primeiro, os reproducible builds agora estão “de fato” funcionando para o sistema — um avanço crucial para auditoria, segurança e confiabilidade: quando duas compilações partem da mesma fonte e do mesmo ambiente, o binário final sai idêntico bit a bit. Isso reduz superfície para supply-chain attacks e facilita investigações de integridade. Em paralelo, as mídias de instalação passam a incluir repositórios pkgbase, o que simplifica instalações/atualizações por componente do próprio sistema base, sem depender apenas do “monolito” tradicional. Ambas as mudanças foram destacadas no anúncio oficial e já ecoaram na cobertura técnica da comunidade.
Também é bom ser franco sobre as limitações: as builds powerpc64 e powerpc64le falharam por problemas relacionados ao pkgbase e, segundo os engenheiros de release, devem estar resolvidas já no ALPHA3. Além disso, ainda não é possível atualizar para o 15.0-ALPHA via freebsd-update; a expectativa é habilitar esse caminho a partir do ALPHA3. Ou seja, este é um momento de testes em máquinas de laboratório, VMs e ambientes que você pode reinstalar sem dor de cabeça. (O FreeBSD mantém o processo e os marcos do ciclo visíveis ao público; vale acompanhar o agendamento do 15.0.)
Ampla disponibilidade para testes
Você não precisa caçar artefatos: há imagens para vários cenários e arquiteturas. As ISOs e memsticks do 15.0-ALPHA2 já aparecem nos espelhos oficiais — por exemplo, no diretório de amd64 — e contemplam instalações em bare metal e VMs clássicas. As páginas de snapshots também consolidam onde baixar imagens de VM (QCOW2, VHD, VMDK e raw), OCI (para containers) e até AMIs para a AWS. Em suma: dá para experimentar em amd64, aarch64 e riscv64 de praticamente qualquer jeito — do laptop à nuvem.
Pequenos detalhes que ajudam na prática:
- – As ISOs de instalação estão organizadas por arquitetura (incluindo variantes como RPI, PINE64 e ROCK64 no universo aarch64). Os checksums para verificação de integridade estão publicados nos servidores e no anúncio.
- – Para VMs, há builds pensadas para cloud-init e imagens “básicas” com UFS ou ZFS.
- – Para containers, o projeto publica imagens OCI adequadas a workloads estáticos (“static”), dinâmicos (“dynamic”) e um “runtime” com shell e bootstrap de
pkg.
Tudo isso está devidamente sinalizado nos diretórios de snapshots e na comunicação oficial do projeto.
No espírito “community over code”, esta é a hora de exercitar o papel de testador: instalar, validar hardware (principalmente aarch64 e riscv64), rodar seus serviços em containers OCI e relatar qualquer regressão. Cada bug report agora evita uma dor de cabeça pós-release. E, para quem gosta de acompanhar o panorama, a News Flash costuma registrar esses marcos conforme eles saem do forno.
Links úteis:
– Imagens ISO/memstick do 15.0: download.freebsd.org/snapshots/ISO-IMAGES/15.0/
– Notas de lançamento (em andamento): freebsd.org/releases/15.0R/relnotes/
– VM/OCI/CI (visão geral de snapshots): download.freebsd.org/snapshots/
