O recente lançamento do iOS 26 trouxe uma atualização visual chamada Liquid Glass, e um dos primeiros aplicativos a incorporá-la foi o Google Chrome. Com mudanças que vão desde a Grade de Guias até uma barra flutuante acima do teclado, a atualização é um exemplo claro de como o design do Google na Apple pode ser rapidamente polido e implementado. Para muitos usuários, isso reacende uma discussão antiga: será que os Google apps no iOS recebem um tratamento mais cuidadoso do que no Android?
Essa percepção não é apenas estética. Ela envolve decisões estratégicas do Google, limitações técnicas, e a forma como cada plataforma influencia a experiência do usuário. Neste artigo, vamos explorar por que os aplicativos do Google muitas vezes parecem mais refinados no iPhone, quais são os desafios enfrentados no Android e se essa diferença é realidade ou apenas uma impressão.
O que há de novo no Chrome para iOS 26?
A atualização do Google Chrome para iOS 26 introduziu algumas mudanças visuais e funcionais significativas. Entre os destaques estão:
- Grade de Guias com efeito Liquid Glass, oferecendo transições mais suaves e um visual translúcido moderno.
- Menus de contexto redesenhados, mais responsivos e esteticamente consistentes com o restante do sistema.
- Novo indicador de carregamento, proporcionando feedback visual mais claro durante a navegação.
- Barra flutuante acima do teclado, facilitando a interação em formulários e campos de texto.
Embora essas mudanças possam parecer sutis, elas demonstram a atenção do Google em refinar a experiência de uso no iOS, aproveitando o ecossistema padronizado da Apple.

A eterna discussão: por que os apps do Google parecem melhores no iOS?
O fator ‘padronização’ da Apple
Uma das principais razões pelas quais os Google apps no iOS parecem mais polidos está na padronização do ecossistema da Apple. Com poucos modelos de iPhone e uma versão dominante do iOS, os desenvolvedores enfrentam menos variáveis. Isso facilita:
- Garantir consistência visual e funcional em todos os dispositivos.
- Testar novas interfaces e animações sem precisar se preocupar com milhares de combinações de hardware.
- Implementar rapidamente mudanças no design, como o Liquid Glass, sem comprometer a experiência do usuário.
Em resumo, a uniformidade do iOS permite que o Google entregue uma experiência mais rápida e esteticamente agradável.
O desafio da fragmentação do Android
No Android, a situação é bem diferente. São milhares de dispositivos, dezenas de fabricantes e múltiplas versões do sistema operacional em uso simultaneamente. Isso gera desafios enormes:
- Garantir que um efeito visual ou animação funcione em telas com diferentes tamanhos, resoluções e taxas de atualização.
- Ajustar interfaces para fabricantes que personalizam a experiência do Android, muitas vezes alterando elementos-chave da Material You.
- Equilibrar desempenho e consistência visual em dispositivos de baixa e alta performance.
A complexidade do Android faz com que atualizações de design demorarem mais para serem implementadas de forma universal, o que reforça a percepção de que o Google “prioriza” o iPhone.
O comentário que resume tudo
Um comentário recorrente de usuários resume bem o sentimento geral:
“Gostaria que o Google se comprometesse a fazer revisões de design em seus próprios sistemas operacionais tão rapidamente.”
Essa frase revela frustração: não é apenas inveja do visual do iOS, mas a percepção de que a experiência do usuário no Android poderia ser mais consistente e refinada, se não fossem as barreiras técnicas e a fragmentação.
E o Android? O Material You não era a solução?
O Material You surgiu como a tentativa do Google de unificar e modernizar o design em todo o ecossistema Android. Com cores dinâmicas, elementos adaptativos e guidelines claros, o objetivo era criar uma experiência consistente.
No entanto, mesmo com essas diretrizes, os aplicativos do Google ainda apresentam inconsistências de implementação e atualização mais lenta quando comparados ao iOS. Algumas razões incluem:
- Fragmentação persistente, que obriga os desenvolvedores a criar adaptações específicas para diferentes fabricantes e versões do Android.
- Prioridades de desenvolvimento, que muitas vezes dão atenção às funcionalidades antes do refinamento estético.
- Diferenças de desempenho, especialmente em dispositivos intermediários e de entrada, limitando efeitos visuais avançados que funcionam sem problemas no iPhone.
Portanto, o Material You é um avanço significativo, mas não elimina todos os desafios do design no Android.
Conclusão: percepção ou realidade?
A percepção de que os Google apps no iOS são mais refinados tem fundamentos técnicos reais. A padronização do iOS, aliada à atenção estratégica do Google, facilita atualizações rápidas e consistentes. Por outro lado, a fragmentação do Android e os desafios de implementação tornam mais difícil entregar uma experiência uniforme e polida em todos os dispositivos.
Não é exatamente que o Google “prefira” o iPhone; é que as condições de cada plataforma ditam resultados diferentes. A realidade técnica encontra-se com a percepção do usuário, criando essa impressão de disparidade.
E você, qual é a sua experiência? Você também tem a impressão de que os Google apps no iOS são mais bem acabados ou isso é um mito? Deixe sua opinião nos comentários!