RAM do Galaxy S26: Rumor aponta LPDDR5X mais rápida para impulsionar IA

O próximo topo de linha da Samsung pode focar em velocidade de memória (10.7 Gbps) em vez de quantidade. Entenda o impacto disso na IA e nos jogos.

Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

Os rumores mais recentes sobre o aguardado Samsung Galaxy S26 estão ganhando força, e desta vez o foco não está na quantidade de memória, mas sim em sua velocidade. De acordo com informações que circulam em fóruns especializados e entre fontes próximas à cadeia de produção da Samsung, o novo topo de linha da marca poderá manter 12 GB de RAM, mas com uma atualização significativa na velocidade da LPDDR5X, que pode atingir 10.7 Gbps.

Enquanto muitos esperavam um salto para 16 GB, a Samsung parece estar priorizando um ganho técnico mais relevante: tornar a RAM Galaxy S26 capaz de transferir dados mais rapidamente entre a memória e o processador. E esse detalhe pode representar o maior avanço de desempenho da linha em anos, especialmente na era da Inteligência Artificial no dispositivo (on-device AI), onde a velocidade de acesso aos dados é frequentemente mais importante do que o volume total de memória.

Neste artigo, vamos explicar o que é a LPDDR5X, por que a velocidade em Gbps está se tornando mais importante que os GB, e como isso afeta diretamente o desempenho em tarefas de IA, jogos e multitarefa no Galaxy S26.

O que dizem os rumores sobre a RAM do Galaxy S26?

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Fonte: Frandroid

Fontes ligadas à indústria de semicondutores afirmam que o Galaxy S26, S26+ e S26 Ultra manterão a configuração de 12 GB de RAM, um valor que já é padrão nos modelos premium da Samsung desde o S22 Ultra. O diferencial, no entanto, estaria na velocidade da nova LPDDR5X, que subiria de 9.6 Gbps (presente no Galaxy S25) para 10.7 Gbps, um ganho superior a 10% na largura de banda da memória.

Essa atualização pode parecer discreta à primeira vista, mas representa um avanço técnico significativo. A largura de banda de memória determina o quão rápido o processador pode ler e escrever dados na RAM, e isso afeta diretamente o desempenho em IA, gráficos e eficiência energética.

Há indícios de que a própria Samsung Semiconductor produzirá esses módulos LPDDR5X, reforçando a estratégia de verticalização e reduzindo a dependência de fornecedores como SK Hynix e Micron. Isso também sugere que a empresa está buscando maior integração entre o hardware e o software, uma tendência que já se observa na linha Galaxy AI.

A guerra dos gigabytes acabou? Por que 12 GB ainda é o padrão

Durante anos, a corrida por mais gigabytes de RAM foi uma métrica simples de marketing: mais memória significava mais desempenho. Mas essa lógica começou a mudar. Hoje, a maioria dos smartphones topo de linha Android estabilizou em 12 GB de RAM, com poucas exceções que chegam a 16 GB.

O motivo é técnico e prático. O Android moderno é altamente eficiente na gestão de multitarefa, utilizando compressão de memória e priorização de processos em segundo plano. Para 99% dos usuários, 12 GB já permitem alternar entre dezenas de aplicativos sem atrasos perceptíveis.

O verdadeiro gargalo de desempenho passou a ser a velocidade de transferência de dados e não o volume armazenado temporariamente. Em outras palavras, não adianta ter um “armário maior” se o “corredor” que leva até ele é estreito. É aqui que entra a importância da LPDDR5X e seu salto de velocidade no Galaxy S26.

O verdadeiro salto: o que significa LPDDR5X a 10.7 Gbps na prática?

O motor da Galaxy AI: processamento de IA no dispositivo

Com a ascensão da Galaxy AI, os smartphones estão se transformando em centros de processamento local de Inteligência Artificial. Recursos como tradução em tempo real, edição de fotos generativa, resumo de chamadas e assistência contextual dependem de modelos de linguagem (LLMs) que operam dentro do próprio dispositivo, sem depender integralmente da nuvem.

Para que isso funcione de forma fluida, o processador precisa trocar dados constantemente com a RAM. Uma LPDDR5X de 10.7 Gbps oferece mais largura de banda para que a NPU (Unidade de Processamento Neural) acesse e processe dados com menor latência. Isso significa respostas mais rápidas da IA, menos consumo de energia e uma experiência de uso mais natural.

Na prática, ao usar o assistente de IA da Samsung, o Galaxy S26 poderá realizar tarefas complexas — como ajustar o tom de uma conversa de texto ou gerar uma imagem a partir de comandos — de forma quase instantânea, sem sobrecarregar o chip principal.

Jogos mais suaves e carregamento rápido

Nos jogos modernos, especialmente os de alta fidelidade como Genshin Impact, Call of Duty: Warzone Mobile e futuros títulos AAA otimizados para Android, o desempenho depende fortemente da largura de banda da memória.

Quando o jogo carrega uma textura, um modelo 3D ou um efeito visual, esses dados são movidos do armazenamento interno para a RAM, e depois para a GPU. Uma RAM mais rápida reduz o tempo que o chip gráfico leva para acessar essas informações, diminuindo engasgos e quedas de taxa de quadros (FPS).

Além disso, o aumento para 10.7 Gbps pode contribuir para menores tempos de carregamento e melhor estabilidade térmica, já que a CPU e GPU gastam menos tempo esperando por dados.

Gravação e processamento de vídeo em 8K

Outro cenário em que a velocidade da RAM faz toda a diferença é na gravação e edição de vídeos em 8K. Cada segundo de vídeo 8K envolve gigabytes de dados sendo processados, armazenados e transferidos em tempo real.

A LPDDR5X é projetada justamente para lidar com esse tipo de demanda extrema. No Galaxy S26, ela permitirá capturas contínuas em alta resolução sem quedas de frame e sem superaquecimento, além de garantir uma edição fluida diretamente no aplicativo da câmera.

Em tarefas de pós-processamento, como aplicação de filtros em vídeos de alta taxa de quadros, o ganho de largura de banda se traduz em maior estabilidade e menor consumo energético.

O “fator Exynos” e a paridade de desempenho

Uma das dúvidas mais frequentes entre os fãs da Samsung é se o desempenho da RAM será o mesmo em todas as versões do Galaxy S26. Rumores indicam que os modelos S26 e S26+ devem trazer o Exynos 2600, enquanto o S26 Ultra virá equipado com o Snapdragon 8 Elite (Gen 5) em alguns mercados.

Ambos os chips são compatíveis com LPDDR5X, mas o suporte efetivo à velocidade máxima de 10.7 Gbps dependerá da configuração do controlador de memória (MCU) integrado em cada processador.

Se a Samsung conseguir garantir paridade total entre as duas plataformas, os usuários não verão diferença perceptível de desempenho, seja em IA, jogos ou captura de vídeo. Isso será crucial para evitar a percepção de que os modelos com Exynos são inferiores aos equipados com Snapdragon, uma crítica recorrente em gerações anteriores.

Além disso, a integração da memória mais rápida com o Exynos 2600 pode servir como um teste para o futuro da plataforma Galaxy AI, que tende a expandir para outros dispositivos, como tablets e notebooks da linha Galaxy Book.

Conclusão: o futuro da performance móvel está na velocidade

O rumor sobre a RAM Galaxy S26 deixa claro que a Samsung está seguindo uma tendência inevitável na indústria: a velocidade da memória é o novo diferencial de desempenho. Embora 16 GB de RAM pareça atraente no papel, a escolha por investir em uma LPDDR5X de 10.7 Gbps é um movimento mais inteligente e tecnicamente relevante.

Com o avanço da IA no dispositivo, dos jogos de alto desempenho e da gravação em 8K, a prioridade deixou de ser “quantos aplicativos cabem na memória” e passou a ser “quão rápido esses dados são processados”. O Galaxy S26, ao que tudo indica, será um exemplo dessa nova filosofia de design, voltada à eficiência e velocidade.

E você, o que acha mais importante para a sua próxima atualização de smartphone: mais gigabytes de RAM ou mais gigabits por segundo? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão sobre o futuro da performance móvel.

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