Celular Samsung antigo, risco de falha em chamada de emergência

Sua vida depende do seu celular. Saiba quais modelos Samsung antigos estão em risco.

Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

A recente morte de uma mulher na Austrália acendeu um alerta urgente sobre o uso de celular Samsung antigo emergência e o risco real que aparelhos com software obsoleto representam para qualquer pessoa que dependa do smartphone para solicitar socorro. O caso expõe uma falha crítica que impede chamadas de emergência e coloca em evidência o perigo de continuar usando dispositivos que já não recebem suporte ou atualizações. Este artigo explica o que aconteceu, quais modelos foram afetados, por que o problema é grave e como usuários no Brasil podem verificar se seus aparelhos estão seguros. O objetivo é fornecer orientação clara, contextualizada e prática, ajudando o leitor a evitar riscos invisíveis que podem custar vidas.
Embora muitos usuários associem software desatualizado apenas a vulnerabilidades de segurança, o caso australiano mostra que o problema vai além da proteção contra ataques cibernéticos, afetando também funcionalidades essenciais como chamadas para números de emergência. Em alguns cenários, o aparelho pode simplesmente falhar em estabelecer conexão com a rede, mesmo quando há sinal disponível, impossibilitando o contato com serviços que deveriam ser acessíveis universalmente.
A partir deste episódio, fica evidente que a vida útil de um smartphone envolve mais do que o estado físico do aparelho ou o desempenho do hardware. Sistemas desatualizados, falta de compatibilidade com redes modernas e mudanças dos padrões das operadoras podem transformar um celular aparentemente funcional em uma ferramenta incapaz de salvar o usuário em uma emergência.

samsung-confirma-que-trara-seu-concorrente-dolby-atmos-ainda-em-2024

O caso trágico e a falha do software

A tragédia ocorreu quando uma mulher tentou ligar para os serviços de emergência da Austrália, mas seu dispositivo Samsung antigo não conseguiu completar a chamada. A falha, investigada pelas autoridades e confirmada pela operadora Lebara, ocorreu devido à incompatibilidade entre o software obsoleto Samsung presente no aparelho e as atualizações mais recentes do sistema de chamadas de emergência do país. O telefone simplesmente não conseguiu estabelecer a conexão obrigatória com a rede, resultando em um atraso fatal na solicitação de socorro.
Testes posteriores realizados pela operadora e por órgãos de comunicação verificaram que dispositivos antigos da Samsung, especialmente os que ficaram fora do suporte oficial há anos, apresentavam inconsistências na comunicação com redes de emergência em ambientes com cobertura reduzida ou com recursos de fallback avançado para chamadas prioritárias. O problema não é uma falha pontual, mas sim uma consequência direta da evolução das operadoras, que deixam de dar suporte a protocolos antigos, enquanto aparelhos desatualizados continuam tentando utilizá-los.
O caso gerou uma onda de preocupação, levando as operadoras australianas a revisarem e divulgarem listas completas de aparelhos que foram identificados como incompatíveis. O episódio também levantou discussões sobre responsabilização, ciclo de vida dos dispositivos e o papel das fabricantes no alerta proativo aos consumidores.

O que causa a falha de compatibilidade?

A falha ocorre porque sistemas mais antigos do Android presentes em modelos descontinuados deixaram de receber atualizações de compatibilidade essenciais. Com o avanço das tecnologias de rede, operadoras substituem protocolos antigos por sistemas mais modernos, mais rápidos e mais seguros. Porém, quando um Galaxy sem atualização tenta estabelecer uma chamada de emergência, ele utiliza instruções e padrões incompatíveis com a rede atual, levando a quedas abruptas de chamada ou incapacidade total de conexão.
Em termos práticos, é como tentar usar um aparelho antigo que não entende mais as regras básicas de comunicação definidas pela operadora. Esse descompasso afeta especialmente chamadas de emergência, que utilizam mecanismos próprios de priorização, roteamento e fallback. A ausência de patches de compatibilidade faz com que o aparelho simplesmente não consiga negociar a conexão, mesmo quando deveria ter prioridade total sobre qualquer outro tipo de chamada. Trata-se de um risco silencioso que só se manifesta quando o usuário mais precisa do telefone.

Lista de alerta, modelos Samsung Galaxy afetados pelo problema

Após análises internas, operadoras australianas como TPG/Vodafone, Optus e Telstra confirmaram que diversos modelos antigos da Samsung já não atendem aos requisitos mínimos para chamadas de emergência modernas. Com isso, os aparelhos foram oficialmente listados como bloqueados ou incompatíveis para chamadas prioritárias em certas regiões do país.
Entre os modelos afetados estão alguns dos mais populares da Samsung entre 2015 e 2018, incluindo:

  • Samsung Galaxy A7 (2017), modelo amplamente vendido e que deixou de receber atualizações há anos
  • Samsung Galaxy S6
  • Samsung Galaxy S6 Edge
  • Samsung Galaxy S6 Edge Plus
  • Samsung Galaxy S7
  • Samsung Galaxy S7 Edge
  • Samsung Galaxy J5 e J7 de gerações antigas
  • Séries Galaxy que pararam no Android 7, 8 ou 9, todas com risco elevado de incompatibilidade

Esses aparelhos ficaram fora do suporte de segurança e compatibilidade, e embora ainda funcionem para ligações comuns, mensagens e navegação, não possuem as camadas de software exigidas pelas redes modernas de emergência. Na Austrália, isso resultou em medidas rígidas, como bloqueio preventivo e notificações aos usuários, mas o problema pode ocorrer também em outros países, incluindo o Brasil, especialmente à medida que as redes evoluem para padrões VoLTE obrigatórios e desligamento do 3G.

O que o usuário no Brasil deve fazer agora, guia de ação

Para evitar situações de risco, é fundamental que usuários brasileiros verifiquem imediatamente se seus aparelhos ainda são compatíveis com as redes atuais e se continuam recebendo atualizações de segurança. Mesmo que o mesmo incidente ainda não tenha ocorrido no país, o desligamento gradual de tecnologias antigas, como o 3G, e a expansão do VoLTE tornam possível que problemas semelhantes aconteçam nos próximos anos, especialmente com celulares antigos da Samsung ainda em circulação.

Verificando o fim do suporte (EOL) e a versão do Android

O primeiro passo é identificar se o aparelho está no período chamado EOL, End of Life, quando a fabricante encerra completamente as atualizações de segurança e compatibilidade. Para isso, o usuário deve:

  • Acessar Configurações
  • Selecionar Atualização de software
  • Verificar se há novas atualizações disponibilizadas

Se o dispositivo estiver há anos sem receber atualizações, ou se o Android estiver em versões muito antigas, como Android 8, 9 ou até 7, o risco é alto. Também é importante verificar se o suporte via patches de segurança ainda está ativo. A Samsung disponibiliza uma lista oficial de modelos que recebem correções mensais, trimestrais ou anuais. Se o aparelho não estiver nessa lista, significa que ele já não acompanha as evoluções das redes móveis e pode apresentar falhas, incluindo falha chamada de emergência em ambientes de baixa cobertura. O ideal é planejar a substituição imediata.

A importância das redes de emergência no Brasil, 190, 192 e 193

No Brasil, números como 190, 192 e 193 são essenciais para atendimento policial, médico e de bombeiros. Em situações de risco, atraso de segundos pode determinar o desfecho de um incidente. Embora a infraestrutura brasileira seja diferente da australiana, as chamadas de emergência também dependem de compatibilidade entre rede e aparelho. À medida que operadoras brasileiras expandem o VoLTE e começam a desligar o 3G, celulares antigos que não entendem esses novos protocolos podem enfrentar dificuldades semelhantes. Isso significa que um celular Samsung antigo emergência pode falhar justamente na hora em que o usuário acredita estar mais protegido.
Além disso, chamadas de emergência no Brasil utilizam rotas específicas, que precisam ser interpretadas corretamente pelo software do aparelho. Quando o dispositivo não possui compatibilidade, ele pode falhar em redirecionar a chamada para outra operadora, algo essencial quando a rede original não tem cobertura naquele momento. Portanto, a atualização do aparelho não é apenas uma questão de segurança digital, mas também de segurança física e operacional.

Conclusão/impacto, não adie a substituição

A lição deixada pelo caso australiano é clara, não basta que o celular esteja em boas condições físicas, ele precisa estar atualizado e compatível com as tecnologias atuais de rede. A vida útil de um dispositivo vai muito além do hardware. Um aparelho antigo e sem suporte pode se transformar em um risco silencioso, escondido e potencialmente fatal.
A mensagem final deste alerta é simples e direta, verifique agora o status do seu aparelho, confirme se ele ainda recebe atualizações e, se estiver fora do suporte, considere a troca imediata. Não espere por falhas, travamentos ou problemas aparentes. Muitas das falhas mais graves, como a impossibilidade de completar chamadas de emergência, só aparecem quando já é tarde demais. Se você utiliza um modelo antigo da Samsung, especialmente os listados neste artigo, trate o aviso com seriedade. A troca do aparelho pode parecer incômoda, mas pode salvar vidas, inclusive a sua.

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário