A mobilização das duas empresas, surgiu após relatos de que os provedores de serviços da internet, estão exigindo que os clientes instalassem um certificado emitido pelo governo. Um detalhe importante é que o processo deve ser feito em todos os dispositivos que venha a ter conexão com a internet, inclusive há certificado focado tão somente nos navegadores.
Em resposta, o governo diz que o software é um medida de segurança. Inicialmente, a instalação do certificado, foi dada como algo maravilhoso, e que iria proteger os dados dos usuários. No entanto, com este mesmo certificado instalado, o governo poderá, a qualquer momento, descriptografar e ler qualquer coisa que o usuário digitar ou postar.
Ainda com argumentos nada convincentes, o Ministério do Desenvolvimento Digital da ex-república soviética disse que as operadoras de telecomunicações na capital, Nur-Sultan, estavam realizando trabalhos técnicos para “aumentar a proteção” contra hackers, fraudes on-line e outros ataques cibernéticos.
O que dizem o Google e a Mozilla?
O Google e a Mozilla acreditam que a explicação não convenceu, e que caso nada for devidamente esclarecido, poderão implantar uma atualização em seus navegadores para bloquear estes famosos e suspeitos certificados.
Nunca toleraremos qualquer tentativa, por parte de qualquer organização – do governo ou não – de comprometer os dados dos usuários do Chrome, disse Parisa Tabriz, diretora sênior de engenharia do Chrome.
Implementamos proteções desse problema específico e sempre tomaremos medidas para proteger nossos usuários em todo o mundo
Já o diretor de segurança da Mozilla, Marshall Erwin disse:
As pessoas em todo o mundo confiam no Firefox para protegê-las enquanto navegam na Internet, especialmente quando se trata de mantê-las protegidas contra ataques como esse que prejudicam sua segurança. Não tomamos ações como essa de forma leve, mas proteger nossos usuários e a integridade da Web é a razão pela qual o Firefox existe.
E por fim, em um atitude menos agressiva, a Apple já adotou medidas, a gigante fez o bloqueio dos certificados do governo do Cazaquistão no Safari, que é o navegador mantido pela empresa. Vale lembrar que em 2015, o governo do Cazaquistão já havia tentado instalar softwares semelhantes. Mas, a medida foi anulada após ação legal.