Dois funcionários da Amazon que se manifestaram contra as políticas ambientais da empresa que envolvem as mudanças climáticas dizem que foram ameaçados de demissão caso continuassem a violar a política de comunicação externa da empresa, segundo relata o The Washington Post.
Funcionários da Amazon e as mudanças climáticas
Em outubro, os funcionários, Maren Costa e Jamie Kowalski, disseram ao Washington Post que a Amazon contribui para as mudanças climáticas ao apoiar a exploração de empresas de petróleo e gás em seus negócios de computação em nuvem. Ambos os funcionários dizem que foram posteriormente convocados para reuniões com os recursos humanos. Nelas, eles dizem que foram acusados de violar a política de comunicação externa da empresa. Costa diz que recebeu um e-mail de um advogado da empresa, que alegou que futuras violações poderiam “resultar em ações corretivas formais, incluindo o término do seu emprego na Amazon”. Kowalski diz que recebeu um e-mail semelhante.
Em um comunicado fornecido ao The Washington Post, a porta-voz da Amazon, Jaci Anderson, disse que a política de comunicação externa da empresa “não é nova e acreditamos ser semelhante a outras grandes empresas”. Como parte de suas regras gerais de comunicação, a Amazon diz aos funcionários que podem se manifestar nas mídias sociais. Porém, eles não podem compartilhar informações comerciais confidenciais.
Ações assim vão se tornar comuns
O incidente fala da tendência crescente dos funcionários de chamarem a atenção de grandes empresas de tecnologia em tudo. Por exemplo, isso vai desde suas políticas ambientais à diversidade no local de trabalho, má conduta sexual, política de direitos humanos e “cultura de retaliação”.
Além disso, esse incidente aborda a questão das empresas de Big Tech que reprimem críticas e protestos de funcionários. Mais recentemente, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas instruiu o Google a lembrar aos funcionários que podem falar livremente sobre questões no local de trabalho. Isso ocorreu depois que os funcionários alegaram que foram demitidos por organizar sindicatos, uma alegação que o Google nega. À medida que o movimento trabalhista tecnológico continua ganhando impulso, incidentes como esses provavelmente se tornarão mais comuns.
Fonte: Engadget