Os cibercriminosos há muito tempo usam meios inescrupulosos para enganar as pessoas, inclusive brincando com seus medos. É o caso de uma nova campanha que pretende usar o medo das pessoas e espalhar malware por e-mail alegando oferecer informações sobre como se proteger contra o coronavírus.
Como o medo do coronavírus está sendo explorado para espalhar malware
Atualmente, existem quase 14.300 casos globais confirmados do coronavírus, com 304 mortes no total. A situação recentemente levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
O site Bleeping Computer informa que os remetentes de spam associados ao grupo Emotet têm enviado e-mails para alvos japoneses, alertando-os sobre infecções em várias províncias de todo o país. As mensagens parecem notificações oficiais de provedores de serviços de assistência à saúde e centros de saúde pública. Além disso, eles usam e-mails roubados como modelo para fazê-los parecer mais legítimos.
Os e-mails afirmam oferecer conselhos sobre como se proteger contra o coronavírus em seus anexos. A abertura desses documentos do Word exibe um modelo de documento do Emotet Office 365, que solicita às vítimas que “habilitem o conteúdo” para exibir tudo. Depois que o computador é infectado, ele é usado para enviar mensagens de spam maliciosas para outros destinos e soltar outros malwares no dispositivo. Uma carga útil secundária permite que os invasores “colham credenciais do usuário, histórico do navegador e documentos confidenciais que serão compactados e enviados aos servidores de armazenamento controlados pelo invasor”.
A gangue por trás do Emotet já usou assuntos comuns aos olhos do público para espalhar malware no passado. Em dezembro, eles enviaram e-mails maliciosos que convidavam as pessoas a se juntarem a Greta Thunberg em um protesto contra as mudanças climáticas.
O coronavírus fez gigantes da tecnologia cancelar eventos e restringir trabalhadores de viajarem para a China. Além disso, o surto viu um aumento na popularidade do simulador Plague Inc., levando os desenvolvedores a avisar que ele é “um jogo, não um modelo científico”.
Fonte: Tech Spot