O Departamento de Justiça dos EUA apresentou uma acusação contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange. A princípio, a acusação esclarece a profundidade dos supostos crimes de Julian Assange, ampliando as acusações originais para incluir acusações mais sérias de que o fundador do WikiLeaks conspirou e tentou recrutar os hackers do Anonymous e do LulzSec para realizar ataque hackers em seu nome.
Além disso, o Departamento de Justiça esclareceu:
Em 2012, Assange se comunicou diretamente com um líder do grupo de hackers LulzSec e forneceu uma lista de alvos para o LulzSec invadir. Com relação a um alvo, Assange pediu ao líder do LulzSec […] documentos e bancos de dados.
Em outra comunicação, Assange disse ao líder do LulzSec que a liberação mais impactante de materiais invadidos seria da CIA, NSA ou do New York Times.
O WikiLeaks obteve e publicou e-mails de uma violação de dados cometida contra uma empresa de consultoria de inteligência americana por um hacker do Anonymous e afiliado ao LulzSec.
Julian Assange é acusado de conspirar com hackers do Anonymous
Em contrapartida, vários jornalistas criticaram os EUA por processar Assange, alegando que ele estava apenas reportando documentos vazados e que tinha direito à proteção da Primeira Emenda.
Assange está preso no Reino Unido desde 2019, quando as autoridades de Londres tomaram o fundador do WikiLeaks sob custódia por violar condições de fiança. No mesmo dia, os EUA também entraram com acusações e um pedido de extradição. As autoridades dos EUA atualizaram a acusação em maio de 2019 e novamente ontem.
O Departamento de Justiça está tentando esclarecer que as acusações são mais do que apenas relatar e publicar material vazado. Assim, por envolver obtenção de dados hackeados, não se aplicam as proteções à imprensa.
Fonte: ZDNET