O novo Fedora 33 com estreia prevista para outubro terá uma migração importante no sistema de arquivos padrão: sai o EXT4 e entre o Btrfs. Portanto, esta não será uma mudança qualquer. Para se ter uma ideia, é a primeira grande alteração desde o lançamento do Fedora 11. Este é mais um item a fazer parte da versão do Fedora que será a maior de todos os tempos.
Os responsáveis pela implementação afirmam que o “Btrfs é um sistema de arquivos estável e maduro com recursos modernos: integridade de dados, otimizações para SSDs, compactação, instantâneos graváveis baratos, suporte a vários dispositivos e muito mais”.
Fedora 33 terá Btrfs. O que isto significa para mim?
A mudança para Btrfs usará um layout de disco de partição única e o gerenciamento de volume integrado do Btrfs. O layout padrão anterior colocava restrições no uso do disco que podem ser um ajuste difícil para usuários novatos. O Btrfs resolve esse problema.
O Btrfs protege os dados e realiza a verificação em cada leitura. Os dados corrompidos nunca passamaos seus programas e não serão replicados em seus backups para serem descobertos em algum momento.
O Btrfs usa um modelo de “cópia na gravação”: seus dados e o próprio sistema de arquivos nunca são sobrescritos. Isso aumenta a segurança. Ao copiar um arquivo, o Btrfs não grava novos dados até que você realmente altere os dados antigos, economizando espaço.
Na verdade, os usuários economizarão mais espaço ao usar a compressão do Btrfs. A compactação de dados reduz o total de gravações, economiza espaço e estende a vida útil do flash drive. Em muitos casos, também pode melhorar o desempenho. A compactação pode ser ativada em um sistema de arquivos inteiro ou por subvolume, diretório e até mesmo por arquivo. Em resumo, o Btrfs detecta problemas antes que o hardware falhe.
Você poderá optar por usar compactação no Fedora 33. E é um dos recursos que estamos ansiosos para aproveitar por padrão em versões futuras do Fedora, diz a equipe em uma postagem no Fedora Magazine.
Para se ter uma ideia do nível de segurança, grandes empresas como o Facebook usam o Btrfs em milhões de máquinas em produção. Eles consideram o recurso mais estável que o ext4 e XFS (outro sistema de arquivos disponível no Fedora). O sistema SUSE tem usado o Btrfs há muitos anos, incluindo o SUSE Linux Enterprise Server (SLES).
Mudanças estão na versão de testes
A mudança já faz parte da versão Rawhide do Fedora. No entanto, eles esclarecem que o suporte ao Btrfs no Fedora existe pelo menos desde 2012. A promessa é de dar um sistema mais estável e confiável aos usuários.