A vitória é incontestável e de lavada. Não teve para nenhum concorrente e o Linux roda em TODOS os 500 melhores supercomputadores do mundo. Embora ainda engatinhe quando falamos na participação geral em desktops, o Linux definitivamente domina o mundo dos supercomputadores.
De acordo com o último relatório do Top 500, o Linux agora roda em todos os 500 supercomputadores mais rápidos do mundo. O número anterior era de 498, pois os dois supercomputadores restantes executavam o Unix por volta de 2017.
Top500 é um projeto independente que foi lançado em 1993 para fazer benchmarks de supercomputadores. Ele publica os detalhes sobre os 500 supercomputadores mais rápidos conhecidos por eles, duas vezes por ano. Você pode acessar o site e filtrar a lista com base em vários critérios, como país, tipo de sistema operacional, fornecedores etc.
O Brasil não é diferente. Dos 4 mais potentes listados, todos também rodam Linux, ou com o CentOS 7 ou o bullx SCS, ambos baseados no Red Hat Enterprise Linux 7.
Não se preocupe, vou listar alguns dos fatos mais interessantes deste relatório. Mas antes, vamos discutir porque o Linux é a escolha preferida de um sistema operacional para supercomputadores.
O Linux domina os supercomputadores por causa de sua natureza de código aberto
Há 20 anos, a maioria dos supercomputadores rodava Unix. Porém, eventualmente, o Linux assumiu a liderança e se tornou a escolha preferida de sistema operacional para os supercomputadores.
A principal razão para esse crescimento é a natureza de código aberto do Linux. Supercomputadores são dispositivos específicos construídos para propósitos específicos. Isso requer um sistema operacional personalizado otimizado para essas necessidades específicas.
O Unix, sendo um sistema operacional de código-fonte fechado e proprietário, é um negócio caro quando se trata de customização. O Linux, por outro lado, é gratuito e mais fácil de personalizar. As equipes de engenharia podem personalizar facilmente um sistema operacional baseado em Linux para cada um dos supercomputadores.
No entanto, dá para questionar por que variantes de código aberto como o FreeBSD não conseguiram ganhar popularidade em supercomputadores.
Para lhe dar um resumo anual de compartilhamentos do Linux nos 500 principais supercomputadores:
- Em 2012: 94%
- Em 2013: 95%
- Em 2014: 97%
- Em 2015: 97,2%
- Em 2016: 99,6%
- Em 2017: 99,6%
- Em 2018: 100%
- Em 2019: 100%
- Em 2020: 100%
Linux roda em todos os 500 melhores supercomputadores. Alguns fatos interessantes
- Os Estados Unidos da América têm o maior número de supercomputadores entre os 10 primeiros, graças à IBM, NVIDIA e DELL.
- Supercomputador Fugaku é o supercomputador mais rápido do planeta até agora (2020) no Japão.
- A China tem o maior número de supercomputadores, pois possui 213 dos 500 maiores supercomputadores. Os EUA ficam em segundo lugar, com 113 inscrições entre as 500 primeiras.
- O Japão está em terceiro lugar com 34, seguido pela França com 18, Alemanha com 18 e Reino Unido com 12. Índia e Arábia Saudita têm 3 e 5, respectivamente, enquanto a Rússia tem 2 supercomputadores.
- Entre os 10 supercomputadores mais rápidos, os EUA têm 4, a China tem 2, enquanto o Japão, a Alemanha, a Arábia Saudita e a Itália têm 1 cada.